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Condromalácia patelar: o que é, como tratar e prevenir

Atualizado em 15 de março de 2021
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O nome é tão complicado quanto a lesão: condromalácia patelar. Ela acontece quando há a degaeneração da cartilagem do joelho que fica entre a patela (osso do joelho) e o fêmur (osso da coxa). São quatro níveis de gravidade:

  1. Amolecimento da cartilagem e edemas;
  2. Fragmentação da cartilagem ou fissuras com diâmetro menor do que 1,3 cm;
  3. Fragmentação ou fissuras com diâmetro maior do que 1,3 cm;
  4. Perda completa da cartilagem articular.

Joelho normal e joelho com condromalácia

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Como identificar a condromalácia patelar

O principal sintoma desta patologia é a dor na parte anterior do joelho. Alguns estalos – chamados de crepitação – durante a corrida, ao subir escadas escadas, ao agachar ou ao levantar após muito tempo sentado são escutados.

Ao sentir algum desses incômodos, o corredor deve procurar um médico ortopedista para que uma avaliação completa seja feita.

 

 

Causas

Intrínsecas

A condromalácia patelar pode aparecer a partir de alterações no alinhamento ósseo e por variações na anatomia da tróclea (encaixe da patela no fêmur), do colo do fêmur e da patela.

Corredores com a pisada pronada ou supinada também correm o risco. Além disso, atletas com pouca flexibilidade muscular são mais propensos a sofrerem com essa lesão.

Esses fatores, associados ou não à fraqueza dos glúteos médio e máximo, podem fazer com que o atleta corra realizando uma rotação medial e adução do joelho.

Esse desequilíbrio é conhecido como valgo dinâmico e gera um contato irregular na articulação da patela com o fêmur. A cartilagem é sobrecarregada e, a longo prazo, leva à condromalácia.

Extrínsecas

Utilizar um calçado inadequado, aumento abrupto de treinamento – principalmente em subidas e pisos em que o impacto é maior –, falta de fortalecimento muscular – sobretudo nos glúteos e no quadríceps – e o movimento incorreto em algumas atividades da musculação, como legpress, cadeira extensora e agachamentos, são os motivos.

Tratamento

A cartilagem é um tecido que não se regenera. Por isso, o ideal é identificar o problema o quanto antes e, acima de tudo, prevenir (veja mais abaixo). Será necessário encontrar alternativas para corrigir a biomecânica do atleta e proporcionar uma vida útil maior à cartilagem.

Um fisioterapeuta deve ser indicado pelo ortopedista caso a condromalácia patelar seja constatada. Esse profissional será responsável por identificar possíveis erros no treinamento do corredor, controlar a dor e o processo inflamatório utilizando técnicas como a eletrotermofototerapia (pequenas ondas de choque), bandagens funcionais, crioterapia e terapia manual. Outra função desse profissional é corrigir possíveis alterações biomecânicas relacionadas a um desequilíbrio muscular e ao tipo de pisada.

Prevenção

A melhor forma de descobrir se você pode desenvolver a condromalácia patelar é procurando o auxílio de alguns especialistas: ortopedista, fisioterapeuta, educador físico e médico do esporte.

Além de identificar possíveis alterações – parte das causas intrínsecas –, eles podem ajudar na escolha dos tênis ideais para cada pisada e poderão verificar possíveis problemas biomecânicos durante a corrida.

Além disso, um bom aquecimento e alongamento antes dos treinos é indispensável. O trabalho de fortalecimento e exercícios funcionais são outras atividades importantes.

Confira um circuito de exercícios funcionais para fortalecer a musculatura e evitar a condromalácia patelar:

 

(Fonte: Leonardo Pires e Bárbara Alves, fisioterapeutas do Instituto do Atleta, o INA, em São Paulo)