O nome é tão complicado quanto a lesão: condromalácia patelar. Ela acontece quando há a degaeneração da cartilagem do joelho que fica entre a patela (osso do joelho) e o fêmur (osso da coxa). São quatro níveis de gravidade:
Ilustração: Shutterstock
O principal sintoma desta patologia é a dor na parte anterior do joelho. Alguns estalos – chamados de crepitação – durante a corrida, ao subir escadas escadas, ao agachar ou ao levantar após muito tempo sentado são escutados.
Ao sentir algum desses incômodos, o corredor deve procurar um médico ortopedista para que uma avaliação completa seja feita.
A condromalácia patelar pode aparecer a partir de alterações no alinhamento ósseo e por variações na anatomia da tróclea (encaixe da patela no fêmur), do colo do fêmur e da patela.
Corredores com a pisada pronada ou supinada também correm o risco. Além disso, atletas com pouca flexibilidade muscular são mais propensos a sofrerem com essa lesão.
Esses fatores, associados ou não à fraqueza dos glúteos médio e máximo, podem fazer com que o atleta corra realizando uma rotação medial e adução do joelho.
Esse desequilíbrio é conhecido como valgo dinâmico e gera um contato irregular na articulação da patela com o fêmur. A cartilagem é sobrecarregada e, a longo prazo, leva à condromalácia.
Utilizar um calçado inadequado, aumento abrupto de treinamento – principalmente em subidas e pisos em que o impacto é maior –, falta de fortalecimento muscular – sobretudo nos glúteos e no quadríceps – e o movimento incorreto em algumas atividades da musculação, como legpress, cadeira extensora e agachamentos, são os motivos.
A cartilagem é um tecido que não se regenera. Por isso, o ideal é identificar o problema o quanto antes e, acima de tudo, prevenir (veja mais abaixo). Será necessário encontrar alternativas para corrigir a biomecânica do atleta e proporcionar uma vida útil maior à cartilagem.
Um fisioterapeuta deve ser indicado pelo ortopedista caso a condromalácia patelar seja constatada. Esse profissional será responsável por identificar possíveis erros no treinamento do corredor, controlar a dor e o processo inflamatório utilizando técnicas como a eletrotermofototerapia (pequenas ondas de choque), bandagens funcionais, crioterapia e terapia manual. Outra função desse profissional é corrigir possíveis alterações biomecânicas relacionadas a um desequilíbrio muscular e ao tipo de pisada.
A melhor forma de descobrir se você pode desenvolver a condromalácia patelar é procurando o auxílio de alguns especialistas: ortopedista, fisioterapeuta, educador físico e médico do esporte.
Além de identificar possíveis alterações – parte das causas intrínsecas –, eles podem ajudar na escolha dos tênis ideais para cada pisada e poderão verificar possíveis problemas biomecânicos durante a corrida.
Além disso, um bom aquecimento e alongamento antes dos treinos é indispensável. O trabalho de fortalecimento e exercícios funcionais são outras atividades importantes.
Confira um circuito de exercícios funcionais para fortalecer a musculatura e evitar a condromalácia patelar:
(Fonte: Leonardo Pires e Bárbara Alves, fisioterapeutas do Instituto do Atleta, o INA, em São Paulo)
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