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Você sente dores à frente ou ao redor da região do joelho quando corre, sobe uma escada ou agacha? Caso a resposta seja “sim”, o incômodo pode ser sinal de condropatia patelar, uma alteração da cartilagem que reveste a patela por dentro. O problema, um dos mais frequentes nos joelhos dos corredores, também é conhecido como condromalácia patelar.
O termo é uma junção das palavras “condro”, que remete a cartilagem, e “patia”, que significa “doença”. Quando uma pessoa sobe uma escada, a patela suporta uma carga seis vezes maior que o peso corporal. Portanto, 300 kg passam pela patela de uma pessoa de 60 kg ao subir uma escada. E a corrida é um dos exercícios que mais exigem da patela, uma vez que a sobrecarga na região pode ser de até 12 vezes o peso corporal.
Embora a cartilagem da patela seja a mais grossa do corpo inteiro, erros de treinamento – como correr com muita intensidade ou insistir em volumes muito alto sem o preparo adequado – colaboram para o desgaste desse tecido.
A pedido do Ativo, o ortopedista Sérgio Maurício explicou o que é a condropatia patelar e como tratá-la. Veja:
“Algumas pessoas têm um movimento que precisa ser corrigido, como jogar o joelho para dentro (valgo dinâmico). Quando a pessoa joga o joelho para dentro, força mais um lado da patela do que o outro. Toda essa força é distribuída de uma maneira mais bagunçada, o que gera uma sobrecarga e conduz a uma inflamação”, diz Sérgio.
A inflamação leva ao amolecimento da cartilagem da patela. A condropatia patelar pode ser classificada em graus, em que o 1 representa apenas o amolecimento, sem alterações graves na cartilagem, a 4, em que a cartilagem já foi embora e o osso aparece.
“Muita gente acha que o tratamento da condropatia patelar é baseado em remédios. Isso, na verdade, é apenas uma ajuda. Os remédios são usados para auxiliar no tratamento. O principal tratamento é a correção do movimento, para que a patela não fique sobrecarregada durante a execução do movimento. Essa reeducação é feita na fisioterapia e na academia, com a prevenção do valgo dinâmico, a melhora da musculatura do quadril e do core. É preciso lembrar que o que acontece entre o tornozelo e o quadril interfere diretamente no joelho. Gosto de fazer a seguinte comparação: se você colocar um lápis sobre outro lápis, qualquer movimento pode interferir para que haja um desequilíbrio. Com o joelho, também é assim”, acrescenta.
“Sim. A redução ou interrupção temporária da corrida serão utilizadas até o desaparecimento da dor. A condroitina glicosamina e o colágeno são usados, mas mais como uma vitamina, como um complemento ao tratamento. Com a diminuição da dor, a pessoa vai voltar aos poucos. Gosto de lembrar que, nessa volta, é indicado optar por tênis com bons amortecimentos e evitar correr sobre pedras portuguesas, por exemplo. Prefira terrenos mais macios e, aos poucos, vá voltando ao asfalto”, conclui.
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