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A variação de estímulos é essencial para que o corredor aprimore seu condicionamento físico e fortaleça seus músculos. Por isso, muitos atletas que estão em busca de evolução incluem subidas e descidas em seus treinos. Ao correr em subidas, a impressão é de que o tempo passa mais devagar, enquanto nas descidas o esforço é menor. Sensações à parte, o que é mais desgastante para os músculos: correr em subidas ou descidas?
O tema costuma gerar dúvidas na cabeça de alguns corredores, até porque o gasto energético é maior ao correr em subidas – o que ajuda a explicar o fato de você ficar mais ofegante nesse tipo de percurso. No entanto, os riscos de lesão aumentam quando o atleta está em uma ladeira abaixo.
Segundo Gilberto Coelho, especialista em fisiologia do exercício pela Unifesp, a excentricidade dos trechos de descida faz com que o músculo se alongue e se contraia ao mesmo tempo. Quando o músculo é sobrecarregado e se estica demais, há a ruptura de algumas fibras musculares.
“Na subida, o corredor precisa produzir mais energia, mas, do ponto de vista muscular, não vai ter uma região específica com um desgaste maior. O desgaste muscular é maior na descida em razão da ação de produzir energia e frear”, diz Coelho, acrescentando que as articulações também podem ser impactadas.
Para se ter uma ideia, o impacto de correr na descida é três vezes superior ao encarado em um trecho plano. Quanto mais bruscamente o corredor interrompe seu movimento na descida, pior. Toda a carga dessa ação é direcionada aos joelhos. O ideal, portanto, é desacelerar aos poucos, sem movimentos repentinos nesse tipo de trecho.
Para não correr riscos na hora de variar os estímulos e enfrentar subidas e descidas, o atleta deve investir no fortalecimento muscular. Exercícios que simulem as contrações que o músculo pode sofrer ajudam a evitar problemas.
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