Uma revisão que acaba de ser publicada no volume 32 da revista Physiology analisou dados de diversos estudos para comprovar que correr faz bem para o cérebro e pode criar novos neurônios, melhorando a cognição e ajudando o organismo a envelhecer com saúde.
A revisão Running Changes the Brain: the Long and the Short of It, de Carmen Vivar (do Centro de Pesquisa e Estudos Avançados do Instituto Nacional Politécnico) e Henriette van Praag (do Instituto Nacional de Saúde), analisou imagens feitas do cérebro antes, durante e depois de correr presentes em diversos trabalhos acadêmicos feitos em ratos e em humanos. A ideia era avaliar como a corrida pode alterar o cérebro positivamente e deve fazer parte de bons hábitos para uma vida mais saudável e longeva.
E ficou comprovado que o cérebro de um mamífero pode se modificar em resposta a novos estímulos, comportamentos, dieta e meio ambiente. O exercício físico intenso e aeróbico, como a corrida, desencadeia um efeito sobre os neurônios e a atividade cerebral.
O início dos efeitos do exercício sobre o cérebro é rápido e evolui ao longo do tempo. Inicialmente, os níveis de neurotransmissores e o fluxo sanguíneo são alterados, seguidos de uma regulação positiva de fatores de crescimento e nascimento de novos neurônios no hipocampo.
Em testes com ratos, a corrida resultou em mudanças estruturais e funcionais em regiões cerebrais importantes para a cognição, como o hipocampo e o córtex. Nos seres humanos, a atividade física melhorou a memória dependente do hipocampo e a função do córtex pré-frontal – além de ajudar a manter neurônios vivos por mais tempo.
Segundo a revisão das pesquisadoras norte-americanas, a corrida modifica várias áreas do cérebro e contribui para os benefícios induzidos pelo exercício, especialmente a memória e humor. Há evidências crescentes de que o exercício beneficia o funcionamento do cérebro , trata problemas psicológicos e te deixa mais feliz. Além de aumentar o número de novos neurônios, afeta seu funcionamento e sua vida útil.
“Essas modificações envolvem uma rede complexa e dinâmica de sistemas de neurotransmissores que interferem nos novos neurônios. E, apesar de estudos futuros serem necessários para entender a natureza precisa dessas mudanças induzidas pela corrida nas redes de neurônios de adultos, é fato que a corrida pode ser uma excelente ferramenta para combater os problemas cognitivos que vêm com a idade”, concluiu a revisão.
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