É impossível pensar no fim do ano sem associá-lo a celebrações, reuniões com amigos e familiares e, claro, um merecido descanso. Para muita gente, esses abençoados dias de prazer entre o fim de dezembro e o início de janeiro passam lentamente, preguiçosos. Entre um mergulho no mar e um churrasquinho com a família, como fica a corrida e o condicionamento físico? Vale a pena dar um descanso para o corpo e a cabeça e desencanar dos treinos? O que os treinadores recomendam a seus alunos na época mais festiva do ano?
Na visão dos treinadores Rodrigo Lobo e João Magalhães, como quase tudo que envolve a corrida, é preciso analisar caso a caso para saber se esta é a hora ideal para tirar o pé do acelerador. A recomendação geral é para que haja uma diminuição no ritmo de treinos, mas que, mesmo para quem viaja, os treinos não sejam totalmente deixados de lado.
“Eu peço para que eles não se cobrem a ponto de perder as confraternizações com a família e os amigos, mas que não deixem de treinar pelo menos três vezes na semana para que entrem bem no ano seguinte”, sugere Magalhães, da assessoria esportiva carioca Soul Race. “Se o atleta fica um longo tempo sem correr, o corpo sente por ficar muito parado.”
A perda de capacidade cardiorrespiratória costuma surgir após dez dias de deslizes. Isso não quer dizer que sua performance no esporte não vá cair. Sem tomar alguns cuidados mínimos, a possibilidade de ganhar peso e comprometer a parte muscular é alta.
Para que 2018 não venha com alguns quilinhos indesejados e a falta de ritmo na corrida, Rodrigo Lobo traça para seus alunos uma estratégia mais leve, chamada por ele de planilha adaptável.
“A ideia é manter uma leve atividade, trabalhando em ritmo moderado e variando os locais de treino. O que faço é montar uma planilha adaptável ao atleta de acordo com a situação dele. Para quem vai viajar, não dá para seguir à risca uma planilha nesse período, exceto quem tem alguma prova muito próxima. Tem que tirar um pouquinho o pé, mas não dá para largar totalmente a planilha”, diz.
Curtir sem descuidar do condicionamento físico é o caminho para o equilíbrio que tantas pessoas desejam alcançar na corrida.
Quem gosta de uma cervejinha e tem alguma prova para disputar nos primeiros meses de 2018 deve estar ligado para não exagerar nos goles. O excesso de álcool diminui a produção do hormônio antidiurético, encarregado de regular a perda de água no corpo.
Com isso, as pessoas eliminam mais água e urinam mais vezes. Ao mesmo tempo, o álcool, principalmente aliado às altas temperaturas, acelera a produção de suor, gerando ainda mais desidratação.
Como 80% da massa muscular é constituída por água, você já deve imaginar de onde surgem aquelas dores no corpo no dia seguinte a uma bebedeira intensa. A ressaca, associada a náuseas, dores de cabeça, tontura e muita sede, é do um reflexo da desidratação provocada pela bebida alcoólica.
Além de diminuir a disposição para a prática de exercícios físicos e aumentar a retenção de líquido – sobretudo nas mulheres, que sentem mais o inchaço –, o álcool inibe a síntese proteica, uma das responsáveis pelo aumento de massa muscular e de força.
Utilize o período de férias para descansar e confraternizar, mas saiba que os goles a mais podem representar alguns passos para trás no esporte.
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