Depressão: estudos revelam que exercícios podem ser a saída

Atualizado em 10 de abril de 2024

A depressão é uma das principais causas de incapacidade do mundo, provocando efeitos na alimentação, no padrão de sono e em outros aspectos do cotidiano. Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), metade das pessoas doentes não são tratadas de forma adequada. A prática de exercícios é um complemento importante aos tratamentos medicamentosos e também à psicoterapia.

Estados Unidos, Reino Unido e Austrália possuem a recomendação de atividade física como parte do tratamento. Uma equipe de pesquisadores de quatro países comparou a prática de diferentes modalidades de exercícios físicos com outros tratamentos, como a psicoterapia, antidepressivos e cuidados habituais.

Um estudo, realizado com 14.170 participantes e publicado no British Medical Journal – BJM concluiu que os exercícios físicos são tratamentos eficazes para a depressão. Entre eles podemos citar caminhada, corrida, yoga e treinamento de força. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo encontraram evidências de que o exercício aumenta os efeitos de medicamentos antidepressivos como os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), sendo um aliado dos tratamentos convencionais como a farmacoterapia.

Diferenças entre gêneros e idades

Para as mulheres, o treino de força e ciclismo apresentaram ter maior efeito. Já os homens apresentam melhores resultados quando praticam exercícios como yoga, tai chi e aeróbicos. Porém, em ambos os casos, é fundamental ter um apoio conjunto com sessões de psicoterapia.