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Quanto mais resultados um atleta obtém com a corrida – seja com o ganho de desempenho, perda de peso ou outro motivo –, mais ele quer treinar para ficar ainda melhor. O problema está na quantidade de treinamentos. Sem a devida orientação, a pessoa começa a correr todos os dias, causando o overtraining (veja mais causas do overtraining), o que pode ser um risco.
“Os problemas mais frequentes nesses corredores são de lesões nas articulações”, afirma Camilo Geraldi, diretor técnico da Cogtri Sports, em Belo Horizonte (MG). “Dores nos joelhos, coluna, tornozelos e calcanhares são os mais frequentes”, explica o especialista.
Não é só correndo todos os dias que isso pode acontecer. “A falta de descanso e pouco trabalho de fortalecimento muscular direcionado são alguns dos principais motivos desses problemas.” Geralmente, o atleta se dedica tanto à corrida que deixa de lado esses outros exercícios fundamentais, além do repouso, que também faz parte do treino.
O excesso de treinamentos atrapalha outras funções do organismo. “Problemas no sistema circulatório podem aparecer ou se agravar com a prática de corrida mal planejada”, comenta o treinador.
De acordo com Geraldi, “os estímulos e os descansos têm igual importância em um treinamento”. Ele dá um aviso aos atletas que não se importam com o repouso: “até o setor psicológico corre riscos com os excessos de atividade”.
Mau humor, aumento da insônia, excesso de sono diurno, redução da disposição para qualquer atividade – seja o trabalho ou até opções divertidas do dia a dia – são alguns sintomas do overtraining. “Se esse problema se agrava, pode influenciar até na produção hormonal”, completa.
O quanto correr, então?
“Um atleta amador com orientação sobre volume, intensidade e descanso adequados, pode correr até cinco dias por semana”, garante o especialista. “Mais do que isso, mesmo que em baixas intensidades e volumes, podem fazer com que o sistema não se recupere totalmente”, finaliza.
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