Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Você está no auge do treino quando, de repente, sente uma fisgada na virilha que o faz parar de correr. Quem já teve problemas nessa região do corpo sabe o quanto a virilha pode incomodar durante as passadas. Nos corredores, os principais problemas ligados a essa parte do corpo aparecem na forma de tendinites ou com a pubalgia.
As tendinites ocorrem devido à sobrecarga do tendão, quando os movimentos repetitivos da corrida fazem com que a região da virilha inflame, causando as indesejadas dores. Já a pubalgia (“pub” de púbis, “algia” de dor), é a inflamação que envolve os ossos do quadril e ocorre, principalmente, em homens. Uma de suas causas também é a sobrecarga de esforços e movimentos repetitivos. Mas também o excesso de treinos, jogos e exercícios abdominais, a falta de flexibilidade muscular e, principalmente, a consequência mecânica das passadas, chutes e saltos. Em corredores, pode manifestar-se em um só lado (unilateral) ou em ambas as virilhas.
LIVRE-SE DAS CÂIMBRAS E CORRA MELHOR
ESTUDO: CORRIDA MANTÉM A MENTE SAUDÁVEL
DOR NO JOELHO? PODE SER O MENISCO
A má preparação física de um corredor – principalmente com a falta de alongamento e fortalecimento dos músculos da coxa e do abdômen – pode gerar as incômodas lesões na virilha. A dor aparece, sobretudo, quando há um desequilíbrio muscular. Por isso, o equilíbrio entre força e flexibilidade e o volume semanal adequado de treinos para cada praticante é a melhor forma de prevenção desse problema.
E se a lesão aparecer, como tratar?
Geralmente, quando uma lesão na virilha se manifesta, o melhor a fazer é procurar um médico e apostar na correção do balanço entre os músculos de resistência, força e flexibilidade. Assim, é preciso focar em um trabalho de alongamento e fortalecimento dos músculos da coxa e do core, além de fazer exercícios funcionais e Pilates. Esses exercícios, aliás, devem fazer parte do treinamento de todos os atletas para evitar problemas na virilha.
É preciso fazer, ainda, uma avaliação da biomecânica da corrida e do gesto esportivo. Dessa forma, caso sejam identificados erros que podem estar causando a lesão, o atleta será reeducado antes de voltar ao esporte. O tempo de recuperação varia de acordo com a gravidade do problema, mas pode ser de seis a 12 semanas. Em casos extremos, como hérnias, é necessária cirurgia.
(Fonte: Ricardo Munir Nahas, especialista em medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte – SBMEE)
Compartilhar link