Quando você não consegue fazer seus treinos de corrida nas ruas vai para esteira para manter a planilha em dia? Realmente, essa é uma boa saída (até para dias muito frios, quentes ou chuvosos). Mas, apostar no elíptico, uma das máquinas aeróbias mais popular das academias, também pode ser uma opção quando se quer ganhar rendimento.
Quanto maiores as possibilidades de variar os estímulos dados ao corpo, menores as chances de cair na monotonia e maiores as possibilidades de você continuar a se exercitar regularmente. E essa é uma vantagem do elíptico, já que, enquanto a esteira só permite regular inclinação e velocidade, ele oferece diversas variações de treino, como a possibilidade de controlar intensidade, a opção de não usar as barras, permitindo focar o trabalho nos membros inferiores, e a de fazer o exercício no modo reverso, levando os pedais para trás.
Outro benefício do elíptico é que ele traz menos impacto sobre as articulações, o que significa que são os aparelhos ideais para quem, por exemplo, está acima do peso ou se recupera de uma lesão. Pense que, quando uma pessoa anda, o impacto sobre os joelhos é de aproximadamente duas vezes o seu peso do corpo, mas quando ela corre, pode ultrapassar três vezes o peso corporal. Pulando, o choque é ainda maior. É por isso que qualquer um que tenha dor ou lesão nas articulações se beneficia dessa troca. E não deixa de ser uma atividade aeróbica, só que sem impacto. Para quem está treinando para uma maratona, por exemplo, ele também pode ser usado para quebrar a rotina e reduzir as lesões resultantes do overtraining.
Outra forma de melhorar os treinos é comparar o tipo de trabalho feito na esteira com aquele feito no elíptico. Para isso, basta atribuir uma nota de 0 a 10 ao esforço percebido – considerando 10 o maior esforço e 0 o estado de repouso – e comparar à nota atribuída ao elíptico e à esteira. Por conta da falta de impacto nas articulações, você terá a sensação de que o esforço feito no
elíptico é menor. Com isso, você conseguirá fazer treinos mais puxados e mais longos.
(Fonte: David Silva, educador físico da Bodytech Aphaville – São Paulo)
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