Está exagerando? Saiba como evitar a fadiga

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Evitar a fadiga deve ser levado em conta pelos praticantes de atividade física. Tecnicamente, a fadiga pode ser denominada como a inaptidão dos músculos para cumprir adequadamente uma determinada atividade. A causa do problema é a falta de energia no músculo, provocada pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor, no sistema nervoso central, devido à prática esportiva.

A elevação indesejável da quantidade da serotonina no organismo está relacionada à condição física do indivíduo, bem como à falta de descanso ou outros fatores que lhe debilitem a saúde. Amadores que ainda não tenham desenvolvido seu estado atlético a ponto de enfrentar determinadas cargas de treinamento estão sujeitos ao problema.

A educadora física Fernanda Silva, que treina a equipe de corredores amadores do Palmeiras, entre outras atividades no clube, observa que atletas que utilizam a bicicleta como modal de transporte ao trabalho para percorrer, diariamente, algo em torno de 32 km, e que se submetam a treinos para meia-maratona podem, sim, incorrer no risco de se fatigar, dependendo do volume de quilometragem.

 

 

Atentos à questão, os clubes de futebol mais estruturados, bem como os praticantes de esporte em alto rendimento, fazem uso de testes de lactato para monitorar o risco de fadiga. Os amadores que não tenham esse recurso dependem do chamado “feeling” para apurar se estão sentindo falta de energia para cumprir suas planilhas de treino.

“Dependendo da carga de treino, é necessário observar um período de descanso de 48 ou até de 72 horas”, diz a treinadora do clube de Parque Antártica. Mesmo sem teste de lactato, o atleta amador pode detectar no corpo sinais de que está exagerando. “Ao alongar a musculatura, o atleta pode senti-la puxando. Nesse caso, o certo é nem alongar”, ensina a estudiosa.

Quem exagera no treino deve, obviamente, observar se está dormindo o suficiente. E o auxílio de um professor de educação física contribui para superar o problema. Práticas como musculação bem orientada, bem como hidroginástica e treinos leves de natação ajudam a eliminar as toxinas, segundo Fernanda. “É necessário que essa atividade seja supervisionada para não agravar o problema”, acrescenta a treinadora.