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Fortalecer o core é de grande necessidade entre corredores. Entretanto especialistas têm repensado qual o tipo de treinamento para essa região é mais indicado, especialmente quando falamos de fortalecer o core para correr.
O core, centro de força e principal estabilizador quando estamos em movimento — é parte fundamental de qualquer movimento. Os músculos estabilizadores começam a trabalhar antes mesmo do movimento, ativados pelo sistema nervoso central, preparando o corpo para o desafio.
Foi baseado nessa premissa que, a partir de 1960, muitos estudos começaram a abordar a necessidade de fortalecer o core. Surgiram, então, vários modelos de programa de treinamento focados em exercícios para ajudar nessa estabilização vertebral.
Entretanto, alguns novos estudos têm questionado esses achados científicos em relação à função do fortalecimento do core, com os métodos mais tradicionais, para a prática da corrida.
“Para termos resultados na melhora da força dos músculos estabilizadores durante a corrida, que inclui o core, precisamos treinar esses músculos dando estímulos funcionais. É um assunto polêmico. Mas simplificando, estamos voltando à base: para se mover bem, é preciso ter uma boa estabilização enquanto se move”, diz a fisioterapeuta especializada em pilates e no método CoreAlign, Carolina Carpi.
Ou seja, fortalecer o core deve ser parte de um treinamento global, que envolve todo o corpo, e é ainda mais efetivo se o treinamento desta região for feito com exercícios dinâmicos que repliquem o movimento da corrida. Segundo a fisioterapeuta, os sistemas de estabilização e mobilidade de movimento devem ser observados separadamente, embora um dependa do outro para um movimento harmônico do corpo.
A estabilização é muito importante, como comprovado cientificamente, mas fica completa quando trabalhada em sinergia com a mobilidade. Em um estudo publicado no Journal of Strenght and Conditioning Research (2004), voluntários foram submetidos a um protocolo de seis semanas de exercícios de estabilização de core para avaliar se ele teria efeito na economia de corrida.
“O estudo comprovou que o protocolo aplicado para análise resultou na melhora da estabilidade do core. Porém, neste aumento de estabilidade não houve melhora significativa na performance ou economia de corrida”, explica Carpi, sócia do estúdio Physique Pilates, em São Paulo.
Segundo a fisioterapeuta, isso ocorre porque os exercícios para fortalecimento do core devem ser focados na prática esportiva final. Se um atleta trabalha o core com exercícios na bola, evoluirá especificamente nestes movimentos.”Ou seja, há uma melhora na performance de exercícios na bola suíça, não necessariamente na corrida”, diz a especialista.
Isso não significa que métodos como o Pilates devem ser descartados. Pelo contrário. A modalidade, inclusive, pode ser uma grande aliada dos corredores, desde que praticada baseada em movimentos funcionais para a corrida, sobretudo ativos e multiarticulares. Exemplos são prancha com movimentos de braços e pernas, em que o objetivo é fortalecer os estabilizadores por meio do movimento bem feito e orientado.
“Não deixe de fazer o exercícios de estabilização como prancha isométrica ou bola suíça, eles têm muita utilidade e servem como base para o fortalecimento, mas nada mais divertido do que fortalecer o core simulando o gesto da corrida”, sugere Carpi.
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