Situado abaixo da região do abdome, o assoalho pélvico é um conjunto de músculos responsável pela sustentação de órgãos como bexiga, útero e intestino. É, também, parte importante na absorção do impacto durante a atividade física e pela continência urinária e fecal. Gravidez, menopausa, obesidade e esportes de forte impacto podem causar um enfraquecimento na região, gerando problemas como a incontinência urinária.
Vale dizer que toda atividade de alto impacto tem ligação direta com o aumento da pressão intra-abdominal, sobrecarregando os órgãos pélvicos e “empurrando-os” para baixo. Essa pressão constante faz com que a bexiga desça e os músculos do assoalho pélvico, enfraquecidos, não suportem o peso, resultando na incontinência urinária. “No caso de atividades vigorosas, como a corrida, pode ocorrer a incontinência urinária por esforço, já que acontece um aumento de pressão intra-abdominal”, explica a fisioterapeuta Fernanda Jardim.
Mas calma lá! A culpa não é só da atividade física. O problema pode ser considerado comum tanto em mulheres sedentárias quanto naquelas que praticam esportes. A diferença é que atletas têm uma incidência maior por receberem mais impacto. “Geralmente as atletas têm contrações rápidas e efetivas, mas elas não sustentam essa contração”, fala a ginecologista Tathiana Parmigiano.
O segredo? O mesmo que para qualquer outro músculo ou grupo muscular: fortalecimento! “É importante pensar que o assoalho pélvico é um grupo de músculos, então deve ser fortalecido como qualquer outro”, completa a especialista.
A reeducação dos músculos do assoalho pélvico pode tratar as disfunções e acabar com os incômodos. Fernanda conta que existem métodos de fisioterapia que podem ser utilizados para isso, entre eles o tratamento chamado cinesioterapia, técnica que provoca contração e relaxamento de forma voluntária do músculo trabalhado.
Ela explica também que muitas pacientes subestimam o enfraquecimento do assoalho pélvico. “As pessoas se acostumam a perder um pouco de urina e acham isso comum. É importante saber que isso não é um quadro normal e pode evoluir cada vez mais. Toda perda deve ser valorizada.”
Além de exercícios de força e resistência muscular, é importante trabalhar a conscientização em relação ao músculo, já que esse problema é considerado normal para muitas mulheres. “Quarenta por cento das mulheres não sabem contrair o assoalho pélvico e isso precisa ser trabalhado”, afirma Tathiana.
Com fisioterapia e exercícios de cinesioterapia é possível até prevenir a incontinência urinária. Fernanda ressalta também a importância do pilates para a prevenção e fortalecimento do assoalho pélvico, já que a prática trabalha a contração dos músculos junto com a contração do abdome. “Costumamos fortalecer os músculos do braço, perna, entre outros, e acabamos esquecendo que temos músculos considerados desconhecidos, mas que também precisam ser trabalhados”, finaliza a fisioterapeuta.
Fortaleça!
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