Depois de um treino intenso, é comum vez ou outra o atleta se deparar com aquela dor muscular incômoda – seja por conta do esforço, queda ou alguma lesão. Para tentar aliviar essa dor, muitos lançam mão da tradicional compressa de gelo. Outros, no entanto, preferem emplastros, pomadas ou sprays que aquecem a região dolorida. Mas qual é o método mais eficiente tratar o problema, frio ou calor?
Para responder essa questão, primeiro é preciso saber qual é a causa da dor muscular, que pode ter sido ocasionada por uma lesão, trauma, queda, esforço excessivo ou mesmo adaptação ao exercício. Isso porque cada causa pede um tratamento específico, que pode ser à base de frio ou calor, de acordo com o efeito que se pretende obter dele.
“O frio contrai os vasos sanguíneos e diminui o inchaço, o metabolismo local e o estímulo para o sistema nervoso, que realiza e coordena a contração muscular e a sensibilidade. Já o calor, na maior parte dos casos, dilata os vasos, melhora a função muscular, a elasticidade dos tecidos (tendões e músculos) e relaxa a musculatura”, explica o Dr. Rogério Teixeira, ortopedista e traumatologista especialista em medicina esportiva, membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) e Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE).
Assim, para aliviar a dor muscular em lesões mais agudas, o frio é sempre bem-vindo. Já o calor é indicado em lesões mais crônicas. Para um estiramento ou uma contratura muscular, ou mesmo fadiga por excesso de treino, use gelo. Se a pessoa tem uma tensão muscular que causa dor sempre após os treinos, ou quando a dor é localizada em estruturas pouco vasculares (como os tendões), deve-se usar calor, para que a fase inflamatória seja menor.
Alternar as compressas para tratar a dor muscular também é indicado, pois a combinação auxilia a vascularização sanguínea por meio do calor e diminui os efeitos inflamatórios com o frio. É o famoso uso do contraste térmico, onde se utiliza o frio e o calor de forma alternada, fazendo com que a região fique um tempo no calor e logo em seguida no frio, alternando várias vezes, de forma que a contração e o relaxamento dos vasos sanguíneos funcionem como uma bomba, levando os líquidos do edema de volta para a circulação sistêmica, reduzindo a extensão do inchaço.
No caso de câimbras, encurtamentos, fadiga muscular leve, entre outras, recomenda-se tanto gelo quanto calor. Em processos inflamatórios articulares onde há necessidade de ganho e amplitude de movimento, também pode-se utilizar o contraste térmico.
Mas tanto as compressas de calor quanto as de gelo devem ser utilizadas com cuidado, pois podem causar danos quando usadas por tempo prolongado ou de forma incorreta. Em ambos os casos, as compressas devem ser feita em ciclos de 15 a 20 minutos. No caso do gelo, a temperatura média deve estar entre 10ºC e 15ºC. Já na compressa de calor, a água não pode estar muito quente para não queimar a pele.
Se a dor muscular aparecer, tome alguns cuidados:
– repouse a parte do corpo dolorida.
– faça leves massagens no local.
– aposte em produtos tópicos para a analgesia do local dolorido, principalmente os de ação térmica (frio e quente), como compressas, adesivos e bandagens.
– se a dor muscular persistir por mais de três dias procure imediatamente um médico.
(fontes: Dr. Rogério Teixeira, ortopedista e traumatologista especialista em medicina esportiva, membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) e Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE); Marcel Sera, Fisioterapeuta e Dr. Fábio Krebs, ortopedista e diretor da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte – SBRATE)
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