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O GPS tem se tornado, cada vez mais, um grande aliado do corredor. Com uma série de informações, como velocidade média, distância, entre outras, a apenas um olhar no visor – ou até pelo fone de ouvido, no caso dos aplicativos de celulares –, o item está se tornando, praticamente, parte do vestuário do atleta. Isso pode ser um problema. “Quando usamos frequentemente o GPS para correr, ficamos muito acostumados a controlar a velocidade e o nosso ritmo de corrida por olhares constantes à tela”, afirma o diretor técnico da Assessoria Equipe Du Bira, Onécimo Ubiratã Medina Melo. Ou seja, perde-se a noção de espaço e distância, fundamental no esporte.
Segundo o treinador, o excesso de treinos com o aparelho faz com que o corredor não saiba qual velocidade imprimir nos treinos e provas. “O controle deixa de ser feito pela respiração ou ritmo da passada e passa a ser realizado, exclusivamente, pelo item”, diz. “O ideal é treinar a persistência do corredor em manter o ritmo de prova, independente da marcação do GPS”, indica Melo.
“O GPS é uma excelente ferramenta de treino”, garante Marcello Butenas, diretor técnico da Butenas Assessoria Esportiva. “Mas o corredor não pode criar uma dependência de uso ou mesmo só guiar seus treinos por ele”. Para Butenas, “o atleta deve aprender a desenvolver seu ‘feeling’ de ritmo e intensidade relativa, o que deve ser feito em um percurso que se conheça a quilometragem aferida para tentar fazer este acerto.” Parques com marcação de distância são ótimos para isso.
Em uma corrida ou treino, por exemplo, o sinal do sistema pode cair, confundindo o atleta. “Ao passar por um túnel, o visor do aparelho fica em branco”, diz o Melo. “Um corredor que conhece seu ritmo de corrida por sensação, sabe como manter independente do comprimento do túnel.” Isso pode fazer um atleta bem treinado, mas ‘viciado’ no gadget, quebrar por imprimir um ritmo muito forte. Butenas aponta outro problema: “Com interferências, nem sempre a informação do GPS é a mais precisa.”
A bateria do item também deixa muito corredor na mão. “Já vi atleta se perder no ritmo por conta disso”. Para manter-se sempre ligado no ritmo, alterne treinos com e sem o sistema de posicionamento. Com os dois parâmetros, você não terá problemas caso, um dia, o sistema do aparelho não funcione.
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