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Quando nos lesionamos, além da dor, a primeira coisa que pensamos é que ficaremos parados nos próximos dias, semanas e – dependendo da gravidade do problema – meses. Mas e se pudéssemos nos recuperar sem interromper as atividades? O fisioterapeuta e maratonista Cristiano Salgado afirma que isso é possível. Tudo depende do tipo de lesão e deve ser bem analisado pelo médico.
Na maioria dos casos, após contermos a fase aguda, que pode durar de 48 a 72 horas, é de extrema importância o profissional entender a atividade específica que o atleta pratica, pois só assim ele poderá mostrar para o esportista o que é indispensável para ele, nos seus treinos, durante aquela fase de reabilitação”, diz o profissional.
Para o fisioterapeuta, “as pessoas podem, e devem, continuar em contato com sua atividade durante o tratamento de uma lesão, desde que seu treinamento passe por uma periodização no processo de recuperação.”
Segundo ele, a mudança no treinamento pode ser na intensidade ou na quantidade – ou nos dois. “Existem casos que indico diminuir 50% do volume total da semana dando um intervalo maior de off entre os dias de treino. A partir do momento que o atleta vai se recuperando, retornamos aos 75% e, em seguida, ao total realizado antes”, conta.
“Em lesões como uma periostite [também conhecida como canelite], por exemplo, é necessária uma preocupação maior com o volume de treino. Nesse caso, o atleta deve voltar aos poucos”, ressalta o fisioterapeuta. Em caso de estiramento muscular, segundo Salgado, exercícios de intensidade devem ser vetados e as corridas devem ser bem leves.
O acompanhamento com o fisioterapeuta é quase diário nesse tipo de tratamento. “No fim de todos os treinos, eu exijo o feedback do paciente para saber se posso intensificar as atividades”, relata o profissional. “Sentir uma sensação de desconforto pode ser normal, até mesmo por uma insegurança e memória de dor que o paciente vai ter naquele ponto.”
Porém, se as dores persistirem, o fisioterapeuta deve pedir mais exames para uma nova análise. “A continuidade do desconforto e aumento da dor leva o fisioterapeuta a intervir ainda mais no que foi planejado, reprogramando o treinamento para ver onde pode ainda ser trabalhado, ou muitas vezes, associar algum exame complementar, por exemplo, uma ressonância magnética.”
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