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Para quem olha de longe, correr parece ser algo simples, mas a verdade é que o movimento vai muito além de apenas colocar um pé na frente do outro. Tão importante quanto força e resistência, é preciso ter uma postura eficiente para melhorar a performance e, ainda, evitar lesões. Mas como aprender a correr de maneira mais eficaz?
Criado em 1977 na União Soviética, o Método Pose é uma técnica de corrida que se baseia na análise das posições do corpo durante o movimento. Segundo seu criador, o treinador olímpico Nicholas S. Romanov, o método visa aprimorar os movimentos do atleta, melhorar a performance e reduzir o impacto da pisada em até 50%, diminuindo, assim, os riscos de lesão.
Assim como na dança, nas artes marciais e na yoga, é preciso aprimorar a técnica para se ter uma melhor eficiência. Naquela época, contudo, os treinadores de corrida acreditavam que o estilo do corredor não podia ser alterado, pois já era natural dele. Contrário a este pensamento, Romanov passou a se dedicar ao estudo do que seria o movimento ideal de corrida, e assim criou o Método Pose, que tem com chave a pisada com o médio pé e o uso da gravidade a favor do atleta.
As 3 etapas da corrida
Segundo o treinador, cada atleta corre de uma maneira, porém, todos passam sempre pelas mesmas três etapas, que ele chama de pose (postura), fall (queda) e pull (puxada).
Pose: considerada pelo método a única posição durante a corrida, é representada pelo alinhamento dos ombros, quadris e tornozelo da perna de apoio do corredor, enquanto a outra perna fica recolhida abaixo do quadril, formando uma postura de S.
Fall: o movimento seguinte seria determinado pela inclinação do tronco para a frente e a troca de posição da perna de apoio. Por causa da gravidade, essa mudança de equilíbrio facilita o deslocamento para a frente, gerando um menor esforço e gasto de energia.
Pull: ao se deslocar para a frente, em seguida o atleta puxa rapidamente o pé de apoio para próximo de seu quadril, retornando para a posição inicial.
Este ciclo de movimentos faz com que o impacto seja menor, já que o breve contato com o solo aumenta a cadência das passadas e ainda ajuda a melhorar a performance. O resultado é uma redução do risco de lesões e uma maior eficiência da técnica de corrida.
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