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O suor na corrida é um aliado do corpo

Por Camila Brogliato

O suor é um líquido produzido pelas glândulas sudoríparas localizadas na pele e distribuídas por todas as regiões do corpo — exceto nos mamilos, lábios e órgãos genitais. A maior parte das glândulas de suor fica no couro cabeludo, no rosto, nas axilas, na palma das mãos e na planta dos pés. O suor na corrida serve como “válvula de escape” para que o organismo mantenha a temperatura corporal constante (na faixa dos 36,6°C) mesmo quando o ambiente externo está mais quente.

Para atletas, esse processo é ainda mais importante. Isso porque, quando praticamos qualquer atividade física, o corpo aumenta o consumo energético para suprir a demanda. Nesse processo ocorre uma espécie de “queima do combustível” nas células, o que aumenta a temperatura interna. Para que o corpo não fique em parafuso, a suadeira entra em cena, promovendo a termorregulação. O suor na corrida, sozinho, é responsável por 80% desse controle durante o exercício. É, ainda, um detox natural, pois além de ajudar o corpo a “ficar frio”, ainda elimina toxinas.


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A corrida acelera o metabolismo e, consequentemente, aumenta a temperatura interna. As glândulas sudoríparas, então, começam a ser acionadas para manter o equilíbrio interno com a temperatura adequada (36,6°C) — essencial para a manutenção das funções básicas do organismo.

Vendo a coisa “esquentar”, o cérebro dispara ordens para que essas glândulas entrem em ação. Ele manda sinais elétricos que liberam acetilcolina, uma substância química estimulatória que irá “acordar” as glândulas sudoríparas. Ativadas, elas começam a eliminar o suor pelos poros localizados na epiderme.

Esse suor que começa a ser eliminado é produzido por meio da água contida nos pequenos espaços estruturais dos tecidos e órgãos, constantemente mantida pelo sangue. Sim, o suor é composto principalmente de água, mas contém também substâncias como sódio e potássio, importantes para a saúde e para as contrações musculares. Por isso, em corridas longas e desgastantes, há a necessidade de reposição de nutrientes por meio das bebidas isotônicas.

Em contato com a superfície da pele, o suor evapora, dissipando o calor interno e mantendo a temperatura adequada. Em ambientes muito úmidos, as glândulas sudoríparas não deixam de produzi-lo. Entretanto, a evaporação é prejudicada, dificultando, assim, a termorregulação do corpo. Com isso, mais suor é produzido pelas glândulas sudoríparas e maior é o risco de desidratação.

MITO
Não há perda de gordura pelo suor! A ideia de utilizar roupas quentes para suar mais e emagrecer não passa, portanto, de mito. Isso apenas promove maior eliminação de água — que logo será reposta com a hidratação.

(Matéria publicada da revista O2, edição 148 de Setembro de 2015)

Redação

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