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Muitos daqueles que habitam o sofá podem não acreditar, mas a transição da caminhada para a corrida pode ser um momento prazeroso e natural. O fundamental, segundo o professor de educação física Rodrigo Contó Ferreira, responsável técnico pela assessoria esportiva Good Running, de São Paulo, é sair da inércia. “Comece com 20 a 30 minutos por dia em uma caminhada confortável. Vá aumentando o tempo e o ritmo gradativamente, fazendo com que seus músculos, articulações e coração se acostumem à sobrecarga de trabalho.”
A atividade, obviamente, produzirá melhores efeitos (leia-se emagrecimento) se for praticada de forma regular. O tal “bichinho da corrida” pode te morder. Mas você deve ajudá-lo. Recrutar amigos para acompanhá-lo nessa empreitada é uma ótima estratégia. Você terá estímulo e companhia para conversar ao longo da atividade. Se esse(a) parceiro(a) saudavelmente exercer um papel de vigilância, será mais difícil fugir do treino. É bom escolher companheiros com nível de condicionamento ao menos similar ao seu. Tentar acompanhar alguém com nível mais elevado pode representar um risco de lesão. Não exagere, seja constante. E divirta-se!
1 – O início de uma rotina de atividade física para quem está acima do peso e quer entrar em forma deve ser leve. Basta vencer a preguiça. Começar caminhando confortavelmente por 20 a 30 minutos está não alcance. Gradativamente, o ritmo e a quantidade de minutos vão se elevar. É bom frisar: gra-da-ti-va-men-te. Não é preciso ter pressa. Seus músculos, articulações e coração necessitam de tempo para se acostumar à sobrecarga de trabalho. A boa notícia é que eles vão se acostumar.
2 – Não deixe de se submeter a uma avaliação médica e física antes de iniciar a atividade. Os exames são importantes, inadiáveis, inevitáveis. Agende, compareça no horário. Leve a sério. Negligenciar este item é negligenciar a sua qualidade de vida.
3 – Consulte um profissional de educação física para te acompanhar ao longo dessa caminhada. Ele vai elaborar a planilha de corrida ideal para seu objetivo, te orientar. Escute-o e converse com ele. A relação entre treinador e aluno é sagrada. A gente só dá um empurrãozinho.
4 – Faça um esforço para praticar a atividade física regularmente. Um compromisso se sobrepôs à agenda? Seja honesto consigo mesmo, não pratique a autossabotagem. Em outras palavras: se você praticá-la, o prejudicado será… você.
5 – Não economize na hora de providenciar roupas e calçados adequados. Não cisme de tirar do armário tênis fabricados para a prática de outros esportes. Um Air Jordan, por exemplo, tem um excelente sistema de amortecimento. Mas você não vai saltar para apanhar um rebote. Você vai caminhar, depois vai correr. Para te ajudar com essa missão, confira nosso último guia do tênis.
6 – Capriche nos alongamentos antes e depois do exercício. Tente sentir o prazer de preparar sua musculatura da maneira correta, mesmo que não seja uma atividade tão interessante — mas essencial para evitar lesões.
7 – Outro profissional que você deve ouvir: um nutricionista. Reeducação alimentar é fundamental. É necessário ter um balanço calórico negativo (menor ingestão x maior gasto). Isso se alcança por meio de um programa individualizado, estabelecido tendo como norte um objetivo. Os objetivos valem a pena: maior qualidade de vida, bem-estar, reconciliação consigo mesmo.
Agora que você já sabe o que fazer, resta seguir o programa de treinamento e respeitar criteriosamente os dias de descanso e de treino. Isso será fundamental para sua evolução física sem prejudicar a saúde.
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