Imagine fazer um treino inteiro de corrida sem ter que desviar de buraco, preocupar-se com veículos ou ficar tenso com um cachorro que se aproxima. Parece tentador poder focar única e exclusivamente a atividade, certo? Pois saiba que corredores usam, e adoram, um lugar que parecia restrito às provas das Olimpíadas: as pistas de atletismo. O treino de pista não é indicado apenas para velocistas que brigam por milésimos de segundos nas tradicionais oito raias.
O tipo de piso que consagrou nomes como Usain Bolt e Carl Lewis oferece muitos benefícios a quem está se preparando para uma prova longa, por exemplo.
O grande atrativo do treino de pista é a regularidade do piso. Como não há ondulações ou qualquer outro tipo de obstáculo, é possível se concentrar somente nas passadas. Assim, treinadores aproveitam para trabalhar a técnica de corrida.
“Como ela é totalmente plana, fica muito mais fácil ajustar a técnica, já que seus passos serão sempre no mesmo tipo de superfície. Na rua, por exemplo, você precisa desviar de alguma coisa e já pisa diferente”, compara Julio Dotti, diretor técnico da Limite Team.
Mesmo quem corre sem treinador consegue aproveitar a pista para caprichar na técnica. Por isso, exercícios educativos tendem a ser ainda mais eficientes. Focar a altura do joelho, a postura e a pisada fica mais simples quando se corre em cima de um “tapete”.
Pelo mesmo motivo, os treinos de intensidade são muito indicados para as pistas de atletismo. Aquelas séries de tiros amadas por alguns e temidas por outros podem ser feitas com maior esforço e sem o receio de se lesionar por culpa de uma pedra solta, por exemplo.
E como as atividades de maior intensidade são aliadas do ganho de velocidade, o resultado do treino de pista bem-feito é se tornar um corredor mais rápido.
Nesse caso, outra virtude desse tipo de superfície se destaca: é possível fazer medições de tempo e de desempenho mais justas, sem variáveis causadas por fatores externos.
“Além disso, a pista de atletismo te dá um controle de ritmo muito bom. Você aprende a sentir seu corpo e a comandar seu ritmo sem precisar ficar olhando toda hora para o relógio”, argumenta Julio Dotti.
Como as pistas regulamentadas têm 400 metros de extensão, a percepção de distância se torna automática. E fica natural medir seu esforço comparando o desempenho volta a volta e a reação do seu corpo ao longo do treino na pista.
Já no caso dos longões, há dois fatores importantes para decidir se também vale a pena usar a pista.
A prova mais longa do atletismo nesse cenário é a de 10.000 metros. Para os especialistas nela, a monotonia é um grande adversário. Mentalmente, essa dificuldade pode se tornar uma virtude. Imagine fazer um treino de pista de 15 km: se você conseguiu completar essa distância encarando a mesmice das voltas de 400 metros, muito provavelmente ficará mais fácil e estimulante percorrer a mesma distância num parque ou nas ruas.
No entanto, treinos longos para quem dedica muito à pista são recomendados fora dela.
“Como a pista é muito plana, você sente a falta da mudança de técnica e de ritmo ao encarar uma subida ou descida. Por isso, no fim de semana, vale a pena apostar em diferentes terrenos e altimetrias para ter uma bagagem mais completa”, explica Dotti.
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*Por Alexandre Sinato
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