Um estudo realizado por cientistas dinamarqueses mostrou que a pronação, um tipo de pisada caracterizada pela rotação interna excessiva do pé e do tornozelo, não está relacionada ao aumento de lesões como se acreditava nos últimos anos.
Os especialistas avaliaram, no período de um ano, 927 corredores, que foram separados pela postura dos pés: altamente supinado, supinado (rotação do pé para o lado de fora), neutro, pronado e altamente pronado.
Ao longo da pesquisa os corredores receberam um relógio GPS para medir cada sessão de treinamento e um tênis para pisada neutra, ou seja, sem nenhuma estabilidade extra ou controle de movimento (o que tem sido recomendado para quem tem pisada pronada).
Durante o ano, 252 participantes sofreram lesões relacionadas à prática do exercício, dos quais: 24,5% com pés altamente supinados, 17,9% supinados, 17,4% neutros, 13,1% pronados e 33,3% altamente pronados.
Com base nesses resultados, os pesquisadores concluíram: “Os resultados negam que a pronação do pé, especialmente a moderada, seja um forte indicador de lesões”. Para eles, o treinamento de forma incorreta é o maior agravante.
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