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Por mais que o corredor tome certos cuidados, a lesão sempre é um fantasma que ronda a rotina de treinos e provas. O fortalecimento muscular é fundamental para todos que se dedicam às passadas, principalmente para ajudar a evitar os machucados. Porém, não há uma forma correta de fazer essa atividade, que depende do objetivo do esportista e de sua condição física. Um método muito usado, por exemplo, é dividir o treino em três partes, sendo possível trabalhar força, resistência e pliometria (explosão), além de quebrar a monotonia e complementar a corrida.
No entanto, mesmo tomando esse cuidado, certas vezes surge algum desconforto durante a corrida. Mas como saber quando você está lesionado e precisa de tratamento médico e quando aquela dorzinha incômoda não passa de uma etapa do treino?
Existem diferentes tipos de dores e alguns desconfortos não demostram perigo ao corredor. Por exemplo, se você sente a musculatura presa no início de uma corrida e a dor vai embora logo que você está aquecido, geralmente é seguro continuar o treino. Outro caso: se você está fazendo um longo treinamento para competir uma maratona, provavelmente, sentirá desconforto em algum momento da programação (que será semelhante ao que você vai sentir nos quilômetros finais dos 42 km). Isso é normal.
A preocupação deve pintar quando você sente uma dor contínua que fica mais forte à medida que você avança na corrida ou que o obriga a alterar a marcha. Neste caso, você deve dar um tempo ao seu corpo, já que ele está avisando que tem algo errado. Com a ajuda de um médico ou fisioterapeuta você poderá diagnosticar, tratar, e, mais importante, determinar a causa de sua lesão para evitar que ela se repita.
Alguns problemas são recorrentes na corrida. Veja no que você deve prestar atenção e quais são as causas das lesões mais comuns para quem corre.
É uma inflamação causada pelo atrito da banda iliotibial com a lateral do fêmur, e geralmente causa dores na lateral do joelho. É causada pelo aumento exagerado do volume de treinos, tênis muito gasto, falta de força nos músculos da coxa e desalinhamento nos joelhos e nos tornozelos.
A inflamação no tecido que recobre a tíbia e provoca dores na canela pode ser resultado do uso de tênis inadequado para o tipo de pisada, da falta de fortalecimento na musculatura da tíbia, de pisada excessivamente pronada ou supinada e da falta de alongamento nos músculos da panturrilha.
É a inflamação da fáscia plantar, o tecido que une o calcanhar aos dedos e serve para proteger os ossos do pé. Gera dores na sola e pode ser causada pelo excesso de peso, pés chatos ou com pronação e supinação excessiva.
A Inflamação no tendão que liga o músculo da panturrilha ao calcanhar ocorre pela falta de repouso entre os treinos, aumento exagerado no volume ou intensidade do treinamento, excesso de peso, falta de força ou de alongamento na musculatura dos membros inferiores e pronação ou supinação excessiva.
São microfraturas que ocorrem por causa do desgaste ósseo. Geralmente acontecem nos pés, na tíbia e no fêmur e são resultado do correr em pisos muito duros ou irregulares, da fadiga muscular, da rigidez nos tendões e da idade.
É o rompimento das fibras musculares e ocorre principalmente na panturrilha e nos músculos da coxa. Pode ser causada pela sobrecarga nas atividades de alta intensidade, pela fadiga muscular, pela falta de flexibilidade, pelo desequilíbrio de força muscular e pela postura incorreta durante a corrida.
A dor no joelho é provocada pelo atrito entre o osso do fêmur e a patela. Acontece quando a cartilagem patelar não está em perfeitas condições e é resultado do aumento excessivo do volume de treinos, do correr sempre em pisos duros, da falta de alongamento e fortalecimento muscular dos membros inferiores e do excesso de peso.
(Fonte: Paulo Ayres, gerente de corrida da Cia Athletica – Porto Alegre)
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