A ciência do esporte avança a grandes passos e já não se limita mais aos atletas de elite, mas oferece benefícios também aos esportistas que, mesmo sendo amadores, decidem desafiar-se, melhorar sua performance e sentir-se melhor no dia a dia. Um claro exemplo é o teste de suor que o Instituto de Ciência do Esporte da Gatorade (GSSI, na sigla em inglês), em parceria com a Care Club, realiza duas vezes por mês na unidade Ibirapuera, em São Paulo.
Basicamente, este teste serve para medir a perda individual de líquidos e sódio no exercício, além de avaliar o consumo de carboidratos durante o treino, o que é uma grande dúvida de vários atletas.
Com os resultados, os nutricionistas, médicos do esporte e fisiologistas poderão avaliar a necessidade individualizada de sais minerais, líquidos e carboidratos para os próximos treinos e competições, visto que a perda de suor em excesso e a reposição inadequada de carboidratos prejudicam o desempenho do atleta.
“O teste de suor busca identificar a perda de líquidos e sódio e, também, o consumo de carboidrato do atleta no período de uma hora. Durante nossos treinos e competições perdemos peso e esta perda é dividida entre o suor (água+sais) e a utilização do glicogênio muscular (carboidrato estocado no músculo)”, conta o Dr. Gerson Leite, fisiologista da Care Club.
“Tudo isso é individual e o que buscamos é repor tudo isso (água, sais e carboidrato) baseado na resposta fisiológica do atleta, evitando que ele perca performance, pois se a perda de peso ultrapassar 2% do peso corporal total durante a atividade, o atleta já começa a perder performance”, acrescentou o especialista.
Na prática, o teste é realizado assim: ao chegar ao local de treinamento (bicicleta fixa ou esteira), o atleta se pesa, entrega uma amostra de urina e, depois disso, cola dois adesivos em seu corpo, um nas costas e outro na coxa.
Antes do início do treino, o atleta recebe duas garrafas, uma de água e outra de Gatorade. Quando acaba o exame, que no nosso caso foi de uma hora em cima da bicicleta, são medidas as quantidades exatas do que foi consumido.
Ao fim, o atleta se pesa de novo e o suor acumulado nos adesivo é retirado para análise do Instituto Gatorade. Pouco tempo depois, sai um laudo com números específicos para que o nutricionista e o atleta avaliem.
“Estamos começando a trabalhar dentro das clínicas esportistas com esse teste de suor para atender a um tipo de atleta que não atendíamos antes”, explicou Fernanda Bigliazzi, nutricionista do GSSI. “Dependendo da intensidade, da duração, da temperatura e da umidade, temos perdas diferentes. Por isso fazemos diversas avaliações para entender como o corpo reage nessas situações, garantindo apoio de hidratação ao atleta em qualquer momento”, completou.
No meu caso específico, perdi 1,3 litro de suor, mas repus 1 litro, o que gerou a perda de apenas 300 g do peso corporal (0,4%), dentro da faixa adequada para manter uma boa performance. Os 300 g restantes devem ser repostos após o treino.
Com isso, descobri que em atividade mais longas, minha ingestão de líquido deve ser entre 800 ml e 1 litro por hora, o consumo de carboidratos pode chegar a 45 g/h e o de sódio, que foi de 254mg/h, pode ser entre 300 e 400mg/h em um triathlon olímpico, por exemplo.
O teste de suor da Gatorade está disponível na unidade Ibirapuera da Care Club por R$ 650.
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