A forma como os pés tocam o chão tem influência direta em diversos fatores que interferem na corrida. Desde a escolha do modelo de tênis mais adequado, ao surgimento de lesões. Existem três tipos de pisada: neutra, supinada e pronada, em uma classificação feita de acordo com o modo que o pé apoiado a cada passo.
A forma de se pisar é determinada por diversas características anatômicas de cada indivíduo, como o formato dos pés, alinhamento dos joelhos e até a flexibilidade das articulações.
A pisada neutra ocorre quando o pé atinge o solo de maneira uniforme, com o peso distribuído de maneira praticamente igual por toda a planta. Para muitos ortopedistas, esta é considerada a pisada mais correta por favorecer a absorção do impacto pelo corpo sobre as articulações.
Já a pisada pronada, também muito comum em atletas, ocorre quando o apoio do pé no chão é feito primeiro com a parte interna do pé. Geralmente isso ocorre pela rotação interna excessiva do pé e do tornozelo.
“Pessoas que têm pisada pronada, costumam desgastar a parte lateral interna do calçado”, explica o ortopedista Caio Magnoni.
Segundo o médico, em casos extremos, a pronação pode acarretar desalinhamento dos tornozelos, joelhos e quadris. Uma forma de impedir que o quadro evolua a ponto de causar lesões é fazer o fortalecimento da região.
A pisada supinada é e exatamente o oposto da pronada. Ocorre quando o pé faz contato com o chão prioritariamente com a parte externa da planta. Corredores que têm esse tipo de pisada geralmente observam um desgaste maior no lado de fora da sola de seus tênis.
Como nestes casos o peso do corpo do corredor fica nos dedos de fora, menores, a longo prazo podem surgir lesões, principalmente nos joelhos, pés e costas.
“Os problemas não surgem de imediato. Inicialmente, é comum ter bolhas, rachaduras e tendinites; e, posteriormente, lesões mais graves como joanete e artrose”, pontua o ortopedista.
A maneira mais correta de descobrir qual é o seu tipo de pisada é procurando um ortopedista, de preferência especializado em tornozelo e pé. Algumas lojas especializadas em tênis também oferecerem avaliação baropodométrica, na qual uma esteira com sensor identifica qual é o seu entre os três diferentes tipos de pisada, a partir do impacto do pé no equipamento.
Contudo, caso o acesso a esses métodos seja inviável, testes caseiros podem ajudar. “O diagnóstico é bem simples: primeiro pode-se analisar um calçado bastante utilizado no dia e ver qual área está mais gasta. Outro meio é pegar um jornal, molhar o pé e pisar sobre ele para observar a marca”, ensina o ortopedista.
No cotidiano, os calçados que usamos não costumam ter a tecnologia que os tênis de corrida oferecem para os diferentes tipos de pisada. Segundo Magnoni, no entanto, isso não chega a ser um problema, pois no trabalho ou nos afazeres diários a demanda que atribuímos aos pés é muito menor do que quando fazemos atividade física.
“Ter pisada pronada ou supinada não é defeito, é apenas a forma do pé. É possível viver bem com esse formato sem precisar fazer tratamentos. Fora do cenário esportivo, 90% dos casos são assintomáticos, já os problemas que são sintomáticos costumam estar relacionados a problemas mais sérios, aí é necessário um diagnóstico mais elaborado”, explica o ortopedista.
Comprar um novo tênis de corrida é um momento delicado e importante. Listamos abaixo os…
Brasília recebeu mais de 6.000 pessoas entre crianças, pais e familiares para a segunda etapa…
Veja 3 exercícios de fortalecimento do core e os benefícios de treinar essa região, que…
Brasília será palco no dia 20 de agosto da segunda etapa do ano do MOV…
A cidade de São Paulo recebeu no último domingo, 14 de agosto, milhares de corredores…
A cidade de São Paulo receberá no próximo domingo, 14 de agosto, a terceira etapa…