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Correr sozinho exige disciplina e automotivação. Baixar o pace é uma consequência natural de ambas as aptidões, mas é possível obter mais desempenho ao se treinar com atletas mais rápidos — pode ser um amigo ou um grupo.
A presença de um amigo fez o engenheiro eletricista Renan Ferreira, de 25 anos, correr muito mais do que havia planejado em uma manhã de sábado.
A companhia traz um ânimo a mais. Em julho, saímos planejando correr 8 km. Um foi estimulando o outro e, de repente, chegamos nos 18 km”, lembra Renan, cuja distância máxima até então havia sido 12 km.
Relatos como os de Renan são comuns no mundo da corrida. Em alguns casos, ter um companheiro de treino leva o atleta a fugir da estagnação no esporte e redefinir seus próprios limites. Então, de fato, treinar com amigos mais rápidos ou mais resistentes pode levar um corredor mais longe, mas a estratégia deve ser analisada com cautela.
Treinar com atletas mais rápidos é uma maneira de evoluir e de obter mais motivação. O que você faz em grupo talvez não faça sozinho. Mas tem que haver bom senso para saber o que fazer e o que não fazer, quando fazer e quando não fazer. Se for na base do ‘fulano corre mais, então vamos lá’, não vai dar certo. Elevar o seu nível aumenta o risco de lesão”, avalia o treinador Fabio Freitas.
Uma maneira adequada de saber se você está aumentando o seu ritmo de forma segura é acompanhar a frequência cardíaca. Correr em alta intensidade fica mais seguro com o uso de um frequencímetro, que detalha os batimentos cardíacos por minuto, além da velocidade média e máxima.
Quando o corredor se exercita acima dos 80% da frequência cardíaca máxima, o corpo produz lactato e a capacidade pulmonar não consegue suportar aquela intensidade por muito tempo. Nessa etapa, os músculos sofrem um desgaste maior, gerando dor e desconforto.
Correr com pessoas mais rápidas é benéfico quando o indivíduo descobre que estava correndo o tempo todo em um ritmo leve ou moderado. Quando ele passa o seu treinamento para um ritmo forte, não há problema nenhum, desde que isso seja dosado”, analisa Freitas.
Rodrigo Lobo, da Lobo Assessoria Esportiva, diz que o ideal para um corredor é variar as situações de treino. Alternar treinos em grupo com sessões individuais pode trazer ganhos interessantes.
Um bom atleta é aquele que consegue ser flexível e usufruir dos benefícios de cada situação no momento adequado, extraindo do grupo ou do parceiro a motivação para sair sair da zona de conforto, e do treino solitário, a concentração para uma corrida mais exigente”, opina Lobo.
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