Em assessorias ou rodas de amigos que correm, há quem trate o pace como uma espécie de status na corrida – linha de raciocínio que soa exagerada para quem não leva a corrida tão a sério. Seja você um adepto dessa teoria ou não, é inegável que baixar o pace está entre os objetivos mais comuns dos corredores. Para diminuir o tempo que você leva para percorrer 1 km (e segurar o ritmo em médias ou longas distâncias), é preciso tirar o corpo e também a cabeça da zona de conforto. Entender o que é necessário para evoluir é o primeiro passo para alcançar resultados melhores.
Julia Amato, psicóloga do esporte da Flow Psicologia, João Magalhães, treinador da assessoria esportiva Soul Race, do Rio de Janeiro, e Liliana Centurione, facilitadora de meditação da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explicaram estratégias técnicas e mentais que podem te ajudar a baixar o pace, seja você um corredor de 10 km ou um maratonista.
Treinos intensos são o segredo para aumentar o volume de oxigênio que o corpo consegue captar para dentro dos pulmões (VO2 máximo).
“Para baixar o pace, você deve se acostumar a fazer treinos em intensidades mais altas. Fazer treinos com percentuais mais elevados do seu VO2 máximo, por exemplo, ajuda o corpo a melhorar a tolerância a acidose, que é uma das reações limitadoras ao exercício mais intenso”, diz Magalhães.
“Em um treino intervalado, a pessoa tem estímulos em uma determinada distância com um pace menor do que costuma ter nos melhores 10 km. Isso colabora para uma melhora do condicionamento físico e, consequentemente, do pace”, acrescenta.
No basquete e no golfe, por exemplo, os jogadores precisam de concentração em momentos específicos – um lance livre ou uma tacada, por exemplo. Na corrida, é humanamente impossível manter-se concentrado 100% do tempo. Apesar disso, existem maneiras para fortalecer sua cabeça durante o exercício e, assim, conseguir um pace melhor.
“É importante o atleta sentar com o treinador ou o psicólogo do esporte e perceber em qual momento da prova o rendimento dele cai. Nos 10 km, há quem relate cansaço no km 7. Na maratona, é comum ouvir queixas sobre o km 30. O que se passa na cabeça dessa pessoa nesse momento? Que tipos de pensamentos negativos invadem a cabeça dele? É bom identificar os momentos em que esses pensamentos negativos surgem e trabalhar em cima disso”, aponta Amato.
A meditação traz alterações na bioquímica do cérebro, proporcionando maior equilíbrio no contexto geral, físico e emocional. Esse equilíbrio pode ser um atalho para que você melhore o seu pace – desde que não procure a meditação única e exclusivamente por isso.
“Muita gente corre pensando nas contas que têm para pagar ou em outros problemas do cotidiano. A meditação te ajuda a correr com presença. Ou seja, faz com que você esteja lá por inteiro durante a corrida”, analisa Centurione.
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