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Com o aumento significativo do número de deslocamentos em bicicleta, sobretudo nos grandes centros urbanos dotados de recente expansão da malha cicloviária, tornam-se cada vez mais comuns os casos de quem vai ao treino para corrida nos parques montados na bike.
Se a magrela for seu modal de transporte ao parque, é importante informar o treinador de sua assessoria esportiva qual é a quilometragem habitualmente percorrida até o local de treino, a topografia do terreno e a velocidade desse deslocamento. É interessante até mesmo avaliar se é possível abrir mão de usar a bike nesse momento. Claro que o mesmo princípio se aplica se você for seu próprio treinador.
Segundo o treinador José Carlos Fernando, da assessoria Z-Track, esse dublê de ciclista/corredor corre o risco de chegar excessivamente cansado ao treino, o que logicamente pode comprometer seu rendimento na atividade no parque. “Uma coisa é o ciclista se deslocar na ciclovia; outra é ter que pedalar em meio aos carros, se estressando, xingando aqueles que estão nos automóveis, naquele clássico embate entre motoristas e ciclistas. O desgaste mental é até mais danoso do que o físico”.
Lucas Janes, treinador da Run&Fun, diz que a planilha de treino não deve sofrer nenhuma alteração caso o tempo de deslocamento na bike seja de até dez minutos. “É necessário, porém, se ater à finalidade do corredor. Se é uma prática recreacional, de uma pessoa que corre numa boa, a princípio não se altera a carga do treino. Entretanto, se a finalidade é obter alta performance, recomendo que a pessoa vá de carro ou de ônibus até o parque, porque esse deslocamento de bicicleta pode acrescentar um desgaste capaz de comprometer resultados”.
Ir de bicicleta ao parque pode significar um encurtamento do trabalho de aquecimento, por motivos óbvios. “Se a pessoa vem de bicicleta, pode fazer apenas um alongamento dinâmico, reduzir o tempo normal de aquecimento e começar com um trote”, acrescenta Janes.
Por fim, segundo o profissional da Run&Fun, essa espécie de biatleta pode também diminuir o trabalho de desaquecimento ao final do treino, uma vez que, encerrada a atividade de corrida, voltará a montar no bike para se deslocar no regresso até sua casa, trabalho ou escola.
Janes salienta que os ciclistas não podem descuidar do ajuste da altura do banco. “Ainda vejo ciclistas sentados como crianças, com o banco lá embaixo. Dessa forma, vai pedalar com o joelho todo torto. A musculatura fica ruim, e a pessoa pode ficar com dores no quadril. É fundamental regular a altura certinho”.
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