Vanderlei Cordeiro de Lima e Marílson Gomes dos Santos são duas entidades do atletismo brasileiro quando o assunto é maratona. O primeiro brilhou nos 42k dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, no inesquecível episódio que envolveu o padre irlandês Cornelius Horan, e venceu também uma edição da Maratona de Tóquio. O segundo subiu ao lugar mais alto do pódio em duas Maratonas de Nova York – foi o primeiro sul-americano a vencê-la.
Com tanta experiência no percurso, a dupla foi convidada pelo Ativo para dar dicas aos corredores que estarão nos 42k de Floripa, prova marcada para o dia 3 de junho.
Vanderlei: “É bom ter um planejamento bem definido, com tempo suficiente para ganhar condicionamento físico. Mas o psicológico é tão forte quanto o físico. O poder da mente acaba levando o corpo além do que você imagina. A confiança no dia a dia de treinamentos é o que faz com que você chegue ao fim da maratona atingindo o seu objetivo. É importante, claro, respeitar o seu limite.”
Marílson: “Vou partir do pressuposto que quem vai correr os 42k de Floripa já fez provas menores, então já tem uma certa experiência. A principal dica que eu dou é para que não inventem coisas novas no dia da prova. Por incrível que pareça, muitos atletas comem algo que não estão acostumados na véspera da prova. Ou correm com uma roupa com a qual nunca haviam treinado, usam suplementos que nunca haviam tomado… Tem que ser tudo planejadinho.”
Vanderlei: “Para quem está fazendo a primeira maratona, a dica que eu dou é sempre fazer uma prova mais progressiva. Uma prova mais moderada no começo. Se estiver bem, acaba terminando em condições melhores no final da prova.”
Marílson: “Saiba dividir a prova no pace que foi treinado. Nós sabemos que uma prova mais equilibrada é menos sofrida. A variação de ritmo faz com que a pessoa sofra muito durante o percurso e acaba pagando no fim da prova. É saber dividir km por km, de acordo com o pace.”
Vanderlei: “A estratégia que eu montava anteriormente mudava completamente no dia da prova. Tudo depende da reação dos adversários. Quem quer buscar performance tem que estar ali na frente, tem que estar em contato. Muitas vezes, você planeja uma coisa e, durante a prova, acontece totalmente diferente. É a adversidade que acontece dentro das corridas. Tem que estar preparado para esse tipo de situação.”
Marílson: “Pode ser que esteja uma temperatura amena. O atleta, às vezes, pode achar que não precisa se hidratar por isso. Na verdade, isso não acontece. Você vai ter a mesma duração de prova. Tem que se atentar a isso. A hidratação é importante, esteja frio ou quente.”
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