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Época tão aguardada por uma boa parcela dos brasileiros, o Carnaval está associado a um “tripé” que derruba qualquer atleta: bebedeira, pouco sono e alimentação desregrada. Se você exagerou na folia e chegou à quarta-feira de cinzas com a sensação de terra arrasada – com ganho de peso e muito cansaço –, o momento pede descanso e a recuperação adequada antes de voltar aos treinos de corrida.
A maratona de bloquinhos e euforia, quando regada a muita cerveja e alimentos que não fazem parte da rotina do atleta, gera um processo inflamatório no corpo. A sobrecarga hepática, resultado do consumo desenfreado de álcool, é uma das principais causas da fragilidade do sistema imunológico – sintoma comum em foliões que se excedem no Carnaval.
Para que você não troque os pés pelas mãos depois da farra, o Ativo montou um pequeno guia de como deve ser a volta aos treinos a partir de agora.
Alessandra Masi, médica especialista em fisiologia hormonal, recomenda que, antes de calçar os tênis e partir para os parques para diminuir o estrago carnavalesco, o corredor reequilibre seu metabolismo. Isso é possível com tudo o que foi tirado pelo folião nos últimos dias: alimentação correta, sono reparador e boa hidratação.
O consumo de álcool interfere na reparação hormonal durante o sono, o que ajuda a explicar o desgaste físico ao acordar após a bebedeira. O descanso apropriado resgata a produção de testosterona e GH.
Manter distância de hambúrgueres, batatas fritas e outros alimentos gordurosos também é importante. Dê preferência a uma alimentação rica em ômega 3, componente encontrado em peixes que é ideal para aumentar a imunidade, além de frutas vermelhas, frutas cítricas, nozes e castanhas.
Os flavonoides presentes nessas frutas combatem os radicais livres espalhados pelo corpo e têm ação anti-inflamatória.
Na hidratação, engana-se quem pensa que só a água é suficiente para fazer o metabolismo voltar a funcionar normalmente. Busque também alimentos com altas concentração de água, casos de melancia, melão, tomate e rabanete.
O inchaço no corpo, queixa comum entre os que estão na ressaca carnavalesca, é fruto do efeito rebote causado pela desidratação que a cerveja provoca. O organismo, ao perceber que está passando por um processo de desidratação, retém o que pode no tecido subcutâneo.
Além de diminuir a disposição para a prática de exercícios físicos e aumentar a retenção de líquido – sobretudo nas mulheres, que acusam mais o inchaço –, o álcool inibe a síntese proteica, uma das responsáveis pelo aumento de massa muscular e de força.
Esse inchaço leva muita gente a buscar a “queima” da cerveja assim que o Carnaval termina. Não leve em consideração essa possibilidade. Exercitar-se intensamente logo após o feriado não é uma boa pedida.
O treinador Geovani Braga já avisa aos alunos que caíram na farra que os dias que sucedem o Carnaval não são ideais para pisar no acelerador.
“Se um aluno exagerou nos dias anteriores, a quarta-feira de cinzas é mais um dia de feriado para ele. Se voltar na quinta, já volta se arrastando. Já vi aluno chegar na quinta-feira e ficar encostado, sem conseguir fazer o treino que estava na planilha”, lembra.
Para evitar situações como o do aluno desgastado, a médica sugere que os corredores peguem leve nas primeiras passadas pós-Carnaval na hora de voltar aos treinos.
“Voltar com tudo aos treinos não vai ser benéfico para os seu corpo. Em algumas situações, menos é mais. Oriento um treino moderado. O ideal é baixar a carga e aumentar o período. Vale a pena apostar em um treino de resistência”, diz Masi.
Quem mais sente os efeitos dos excessos são os corredores menos condicionados, acrescenta ela. Quanto menos treinado for um corredor, mais ele demora para voltar ao estágio em que estava.
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