A CrossFit Inc. está constantemente se adaptando às tendências e se ajustando com o que pede o mercado e a sociedade como um todo. Após anunciar a aceitação de atletas transgêneros a partir do Open do próximo ano, a organização deve preparar mudanças radicais para a temporada do CrossFit Games 2019.
Segundo o portal Morning Chalk Up, foi Greg Glassman, CEO da CrossFit Inc, que confirmou as mudanças. Embora ainda sem um comunicado oficial da marca, tudo indica que o tradicional formato que conhecemos (Open, Regionais e Games) para conquistar uma sonhada vaga para a maior competição do mundo deve mudar.
Tudo isso porque Glassman vê altos custos em todo o processo Open-Regionais-Games e avalia que as questões de saúde que envolvem o crossfit como prática são mais importantes e mais baratas. Por isso, o chefe da organização pretende atingir o maior número possível de afiliadas sem gastar tanto. Entenda abaixo:
Segundo informou o Morning Chalk Up, a primeira etapa classificatória deve enviar atletas diretamente para o CrossFit Games 2019. Os atletas de todo o mundo devem participar da etapa, como já acontece, mas somente o melhor homem e a melhor mulher de cada país receberão convites para a a maior competição de condicionamento físico do mundo.
Além disso, os 20 melhores (homens e mulheres) da classificação geral também devem garantir a vaga independentemente de seus países. A CrossFit tem boxes oficiais em mais de 160 países, o que colocaria mais de 300 atletas entre homens e mulheres na elite da competição, que atualmente conta com 80 (40 no masculino e 40 no feminino).
O CrossFit Regionals deve deixar de existir. A organização avalia que os milhões gastos com transporte de equipamentos, transmissão de evento e outros fatores de logística não dão o retorno ideal. Por exemplo o Latin America Regional, que teve custo milionário para levar somente dois atletas individuais e uma equipe para o CrossFit Games 2018.
Para suprir a falta das etapas regionais e fortalecer o relacionamento com a comunidade ao redor do mundo, a matéria diz que a organização pretende sancionar outros eventos como oficiais da marca, e não só o Games. Assim, competições conhecidas como Dubai Fitness Championship, Wodapalooza e Granite Games podem ganhar o “selo” oficial, podendo também garantir vaga no CrossFit Games 2019.
A competição, que é uma espécia de All-Star do crossfit, também deixará de existir. Ela acontecia sempre no final de cada ano, geralmente em novembro, e reunia os quatro melhores atletas dos EUA, Canadá, Pacífico e Europa. A edição de 2017 teve o time Pacífico como vencedor, mas ela não deve ocorrer a partir de 2018.
Ao que tudo indica, o Open classificatório para o CrossFit Games 2019 ainda acontecerá em fevereiro, mas para as edições seguintes a etapa deve acontecer em outubro, podendo acontecer duas etapas no próximo ano. Ainda não se sabe seguem as cinco provas semanais, mas a informação atual é que a etapa mais esperada por todos os praticantes de crossfit do mundo deve mudar radicalmente de data.
Caso seja confirmado que o Open será a única etapa classificatória para o CrossFit Games 2019, fica indefinida a situação dos atletas teens e masters, assim como das equipes. O Open é uma competição individual e online, o que impede a formação de times e o confronto entre elas.
Além disso, o Online Qualifier pode deixar de existir, impedindo que os atletas jovens e experientes possam ter uma segunda etapa rumo ao Games. Em 2017, o brasileiro Thiago Lopes saiu da 74ª posição no Open para finalizar entre os 20 melhores após o Qualifier, carimbando sua vaga na competição. No novo formato, Thiago não viajaria para os EUA.
Como explicamos anteriormente, se a partir de 2019 o Open classificar somente um homem e uma mulher de cada país mais os 20 melhores classificados gerais, serão mais de 300 atletas somente na elite. Se uma bateria envolvia no máximo 10 ou 20 atletas por vezes, isso significaria mais de 15 baterias por prova, inviabilizando o CrossFit Games 2019 no atual formato.
Com essa quantidade de atletas, Madison, a cidade-sede, possivelmente não suportaria a competição em cinco dias. Uma das opções seria a diminuição no número de provas com mais dias de torneio ou algo como acontece no golfe, onde os piores atletas seriam eliminados já no primeiro dia.
Os três eventos citados anteriormente (Dubai Fitness Championship, Wodapalooza e Granite Games) são reconhecidos mundialmente e contam, todo ano, com a participações de atletas do CrossFit Games e outros de alto nível que não alcançam a competição oficial da organização. Por isso, este é um fator interessante.
Mas, outros fatores colocam a ideia em cheque. Como a CrossFit Inc. lidará com os diferentes patrocinadores dos campeonatos? O Dubai Fitness, por exemplo, tem como principal apoiador a Nike, principal concorrente da Reebok, que por sua vez é a única marca em todo mundo autorizada a utilizar o termo crossfit em seus produtos.
O WOD News tentou contato com a CrossFit Inc. e não obteve retorno. A Reebok, patrocinadora oficial e detentora dos direitos de uso da marca respondeu que soube da matéria publicada pelo Morning Chalk Up, mas até agora também não recebeu nenhum comunicado da organização. A única certeza é que, até agora, existem mais dúvidas do que esclarecimentos.
No ano passado, Dave Castro anunciou no CrossFit Invitational mudanças para a temporada de 2018. Esperamos o diretor da competição informar em breve as mudanças para o CrossFit Games 2019.
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