Robert Caslin estava a 100 metros da margem do Lago Monona, na primeira prova do CrossFit Games 2017, quando ouviu um grito de socorro vindo cerca de 20 metros atrás: “Me ajude, estou me afogando”.
Naquele momento, Caslin tinha uma decisão a tomar: seguir nadando e deixar que a organização (ou outro atleta) fizesse o possível resgate, ou voltar e deixar pontos importantes para trás logo em sua estreia.
O homem que se afogava era Will Powell, atleta com cinco participações na categoria master e três medalhas de ouro consecutivas. Ele e Caslin se conheceram dois anos antes e se tornaram muito amigos.
Quando Dave Castro anunciou a prova de 2,4 quilômetros de corrida, 500 metros de natação e outros 2,4 quilômetros de corrida, ambos se preocuparam sobre como seria o desempenho do campeão. “Eu posso sobreviver na água, mas não sou um bom nadador”, disse antes da estreia no CrossFit Games 2017.
O problema não era esse. Aos 57 anos, Powell descobriu um tumor de 12 centímetros em seu pulmão direito. Mesmo benigno, a massa interfere no funcionamento do órgão e diminui a capacidade respiratória do atleta, que tem cirurgia de remoção marcada para essa quarta-feira, dia 08. A história foi contada no site oficial da CrossFit Inc.
“Basicamente eu tenho um Pulmão e meio”, disse Will Powell em entrevista antes do evento. Caslin, colega que o resgatou, sugeriu antes da prova que o campeão fosse somente até o fim da primeira corrida. Mesmo assim, ele decidiu tentar.
Pouco depois que os atletas entraram na água, Caslin ouviu Powell chorar. Não demorou muito para vir o pedido de socorro e a tomada da decisão: “Eu dei meia volta, não podia correr o risco de esperar outra pessoa”.
Powell lutava para se manter na superfície, mas afundava em seguida. Pedindo por um barco, ele sentiu alguém agarrando-o por trás e levando-o até a superfície.
Ao perceber que era “Bob” (apelido de Robert Caslin), tentou convencer o amigo de voltar, mas o pedido não foi atendido. “Perder aquela prova não iria arruinar minha participação no CrossFit Games 2017, o que iria arruinar minha vida seria perder meu amigo”, comentou Caslin.
Segundo estimativa dos atletas, foram sete minutos até que um caiaque chegasse ao local e os levassem para o final do trajeto do lago. A organização ofereceu a Caslin uma “carona” até o local onde foram encontrados para que continuasse a prova, mas ele preferiu fazer companhia ao amigo.
Ambos decidiram correr os últimos 2,4 quilômetros mesmo sabendo que o resultado não seria computado. De mãos dadas, os atletas completaram a prova.
“Isso mostra como esses atletas masters inspiram a todos. Eles mostram para os atletas mais novos que é possível competir uns contra os outros deixando o ego de lado, mantendo um bom relacionamento. Isso é mais importante que ganhar ou perder”, disse um membro da organização.
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