Seguindo os passos das Olimpíadas e de outros grandes eventos como a Maratona de Boston, a CrossFit Inc. anunciou que atletas transgêneros terão permissão para participar das competições oficias da organização, como o CrossFit Games, a partir do próximo ano. Antes, eram obrigados a participar nas categorias referentes ao sexo atribuído ao nascimento.
“Na temporada competitiva de 2019, começando com o Open, os atletas transexuais são bem-vindos a participar da divisão com a qual eles se identificam”, disse Greg Glassman, presidente e fundador da organização em um evento em parceria com o grupo LGBTQ+ CrossFit OUTWOD.
“Essa é a coisa certa a se fazer. A CrossFit acredita no potencial, capacidade e dignidade de todos os atletas. Estamos orgulhosos de nossa comunidade LGBT, incluindo nossos atletas transgêneros, e queremos você aqui conosco”, continuou.
Em 2014 a atleta Chloie Jonsson, uma mulher transgênero, processou a CrossFit Inc. por proibir sua participação na categoria feminina em 2014. Segundo o BuzzFeed News, o caso foi encerrado em 2015. Agora, Jonsson demonstrou empolgação com a mudança na política da empresa.
“A mudança é sensacional para nós. Não há motivos para ter sentimentos negativos em relação ao CrossFit. Estou muito feliz por todos os meus irmãos e irmãs trans que temos a chance de competir “, disse ela ao BuzzFeed.
Recentemente a CrossFit Inc. foi alvo de críticas quando o ex-funcionário Russel Berger disse em suas redes sociais que o orgulho LGBT é um “pecado”. Berger tuitou seu apoio ao cancelamento de um treino em homenagem ao “mês do orgulho”, que seria promovido por um box norte-americano. A CrossFit Inc. se pronunciou oficialmente e demitiu o funcionário.
A CrossFit Inc. não anunciou se haverá restrições sobre como os atletas trans poderão competir, mas de acordo com Will Lanier da Out Foundation, um grupo de saúde LGBT que tem atuado em conjunto com a organização e que supervisiona o OUWOD, a empresa pensou em seguir os padrões olímpicos.
Essas regras permitem que as mulheres transgêneros possam competir como mulheres, desde que tenham se declarado assim e atendam a certos padrões de níveis de testosterona. Já atletas transgênero homens podem competir como homens sem restrições.
O Brasil vive com uma polêmica semelhante recente. A atleta transgênero Tifanny, que disputou a Superliga B masculina pelo Foz de Iguaçu e Juiz de Fora quando ainda era conhecida como Pará (Rodrigo Pereira de Abreu), hoje compete na categoria feminina, acentuando a polêmica sobre a inclusão trans nos esportes.
Tifanny está de acordo com os padrões exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional, mas são frequentes as reclamações – e algumas declarações preconceituosas – de adversárias, treinadores e médicos.
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