Tratamento de Schock para encarar a Bravus

Atualizado em 20 de setembro de 2016

Quando você chegar à Bravus Race e se deparar um cara grande e de cabelos loiros e longos, cole no cara. A figura é o Silas “Schock”, o cara que vai te motivar para encarar com garra essa corrida de obstáculos. Com muito humor e uma bateria que nunca acaba, o empresário de São Caetano do Sul (SP), e que há três anos se dedica a ensinar CrossFit, é o cara que motiva na Bravus Race. Quem vê o fôlego de Silas não imagina que ele já foi sedentário e que, vira e mexe, tinha problemas de saúde.

Em uma conversa exclusiva com o Ativo, Silas Schock, como é mais conhecido no circuito, deu dicas de como “esfriar a cabeça” e ultrapassar os desafios da Bravus e fala do que espera da última etapa do ano, neste domingo (20 de dezembro).

Como nasceu o personagem Silas Schock?
Na verdade, o pessoal me chama mais de Sileta, que é meu apelido desde a infância. O Schock veio do fato de eu ser muito elétrico, hiperativo. Minha bateria nunca acaba.

E como você usa esta energia toda no dia a dia?
Eu procuro usar para coisas boas e que me deixam feliz. Há três anos, eu era um cara que só trabalhava, não tinha pique, saúde para nada. Comia errado, vivia na churrascaria. Até que eu resolvi mudar e passei a cuidar do meu corpo, da minha saúde e conheci o CrossFit por meio do Henrique Zola, meu personal trainer. E eu me identifiquei muito com a modalidade, que é igual à vida profissional: você cai, levanta e precisa sempre de motivação para continuar em frente.

Como surgiu a ideia de fazer a corrida de obstáculos?
Uma coisa puxou a outra. No fim de 2014, o pessoal da Bravus Race convidou o Henrique [Zola] para participar das provas em 2015. Mas, quando ele viu o papel que teria que exercer, o de motivador, disse que conhecia a pessoa certa para fazer isso. Ele chegou para mim e disse: “Esse papel não é meu. Você é o cara!”. Começamos o projeto e, desde então, tudo funcionou maravilhosamente bem.

Como é o trabalho de motivador?
O perfil das pessoas que vão fazer a Bravus se parece muito com o meu. É gente que gosta de desafios, de se superar. E eu uso a energia do esporte, de todas as modalidades, para passar uma descarga de energia e ânimo para o pessoal. Ali na largada, você encontra desde gente que já pratica corrida de obstáculos, até aqueles que são apenas curiosos, e ficam com medo antes do início da prova. É preciso saber dosar o incentivo e força para cada grupo. Não adianta dar uns gritos, se o cara já está travado.

E qual é a dinâmica do aquecimento do Schock?
Antes de começar, eu faço algumas perguntas para o grupo, para separar os diferentes tipos de atletas. Com esse cuidado, você consegue juntar o grupo iniciante, que eu preciso acalmar bastante, passar confiança. Já para o grupo com mais experiência, você puxa o ritmo, exige mais, deixa o pessoal mais elétrico, com vontade de encarar o desafio. E, no fim, todos ficam felizes e realizados.

Você participa da Bravus Race ou só motiva?
Sempre falo que quem nunca fez uma Bravus Race, não pode morrer. Claro que eu entro no meio da bagunça. Sempre, na última bateria, saio para correr com o pessoal, sofro junto com eles. Na última etapa Speed, no Rio, tinha muita lama no obstáculo Serra Pelada e um voluntário chegou com uma câmera e pediu para eu dar um tchauzinho. Quando fui acenar, levei um tombo e um banho de lama. O pessoal foi ao delírio, me viram passar uma dificuldade, igual à que eles passam.

E qual é a dica para ir bem na Bravus?
A mais preciosa de todas é que você precisa fazer a Bravus Race ao lado de um amigo. E não importa se ele for feito ali, antes da largada. O espírito de cooperação é muito importante. Você pode ser o melhor atleta individualmente, mas vai precisar de uma mão, para vencer uma corrida de obstáculos.