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Desmentindo 5 mitos sobre a prática do crossfit

Já difundida em todo o mundo e de muito sucesso no Brasil, convivemos diariamente com mitos, preconceitos e mentiras sobre a prática do crossfit. Uma das justificativas para tal é o desconhecimento de informações aprofundadas, já que o método é recente.

O WOD News listou as cinco principais mentiras que são constantemente contrariadas pelos fãs, praticantes e atletas da prática que já soma milhões de adeptos pelo mundo. Confira abaixo:

1 – CrossFit é um esporte

Ao contrário do que muitos pensam, não, não é um esporte. Criado em 2000 por Greg Glassman, o CrossFit é um método de condicionamento físico de alta intensidade que abrange diversas modalidades esportivas como ginástica, levantamento de peso e atletismo. Desde então, Glassman registrou como uma marca, a CrossFit Incorporation. Criou o Games, vendeu os direitos para a Reebok (única que pode usar o nome em seus materiais esportivos) e somente as academias afiliadas podem se denominar como CrossFit. Chamado por alguns de MMT (modalidades mistas de treinamento) ou de Cross Training, a verdade é que o crossfit não é oficialmente um esporte.

2 – Crossfit deixa o corpo da mulher masculinizado

Um dos muitos mitos que o crossfit carrega é que a prática tira as características do corpo feminino. Essa frase é carregada de preconceitos e estereótipos, já que não existem padrões pré-definidos para o corpo, seja das mulheres ou dos homens. O crossfit, assim como muitas outras práticas esportivas, pode desenvolver e ressaltar músculos em diversas partes do corpo de acordo com o interesse de cada praticante.

Brooke Ence, atleta do CrossFit Games, é uma das muitas mulheres que defende que o forte é o novo belo. “Eu acredito nisso, acho que eu posso fazer uma grande diferença para que homens e mulheres aceitem o nosso corpo”, disse em entrevista.

 

 

3 – A prática do crossfit machuca mais que outros esportes

Analisando dois estudos sobre as lesões no esporte, os resultados sugerem que o crossfit machuca menos que outros esportes como, por exemplo, futebol e tênis. As pesquisas levam em conta o número de lesões nos praticantes a cada 1.000 horas praticadas. Na amostra das pesquisas, o tradicional futebol registrou 7,8 lesões, enquanto o vôlei totalizou 7. O crossfit apareceu bem atrás, com 3,1 lesões a cada mil horas. Lideraram as pesquisas squash (18,3) e judô (16,3).

4 – Não há benefícios para a saúde ao praticar crossfit

De forma rápida e simples: a prática auxilia na melhora do condicionamento físico e cardiorrespiratório, no ganho de massa muscular, na perda de peso e no combate à obesidade, no fortalecimento de articulações e músculos. “Diversos exercícios do crossfit são úteis para trabalhos de mobilização articular, estabilização segmentar ou até mesmo fortalecimento direcionado a algum segmento do corpo”, comenta o especialista Arivan Gomes.

“Cada vez mais, de triatletas a lutadores de MMA, eles utilizam o crossfit como o método que direciona o seu alto rendimento físico. O que é imprescindível é mensurar e adequar muito bem a rotina diária dos treinos, acompanhada por um profissional”, concluiu.

5 – Nem todas as pessoas podem praticar

Outro grande mito que envolve a prática do crossfit, mas que a própria comunidade apaixonada costuma quebrar. Cada vez mais atletas de diferentes condições físicas e idades se tornam praticantes de crossfit. Com o acompanhamento de um profissional qualificado e com suas devidas adaptações, é possível que cadeirantes, amputados, cegos, idosos, crianças e todos as pessoas que desejam possam se adequar ao crossfit.

No Monstar Series do Rio de Janeiro, uma das principais competições da América Latina, o WOD News acompanhou atletas da categoria adaptada (cadeirantes e amputados) e conversou com alguns deles. “A gente mostra que você consegue fazer crossfit independentemente da deficiência, independentemente do tipo de lesão que você tenha”, afirma Diego Coelho, cadeirante hoje coach da modalidade e pioneiro no crossfit adaptado.

Rodolfo Gaioto

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