A dieta paleolítica é muito difundida entre os praticantes de crossfit, embora o curso preparatório Level One oferecido pela CrossFit Inc recomende a The Zone Diet, que também inclui carnes na dieta. No entanto, existem atletas de crossfit que optaram pelo estilo de vida vegano e conseguem manter um padrão de treinamento tão elevado quanto os demais.
Muito mais do que uma dieta, o veganismo é um movimento que respeita os direitos dos animais e ambientais por razões éticas. Veganos não consomem nada de origem animal, como carnes, queijos, manteiga, whey protein e leite. Nem mel é consumido, já que esse é o alimento das abelhas e estas acabam trabalhando muito mais que o necessário quando tiramos seu alimento. Outras ainda morrem de fome ou esmagadas no processo de apicultura.
Katia Teixeira, head coach da JK Crossfit, em Santo André, é vegana há dois anos e treina crossfit diariamente durante duas horas, seis dias por semana.
Vegetariana desde 2011, ela conheceu o crossfit um ano depois. Formada em educação física, trabalhava com reabilitação cardíaca e condicionamento físico para grupos especiais antes de abrir o seu próprio box de crossfit. “Eu amo os animais e me sentia hipócrita em ter os meus de estimação e comer outros ao mesmo tempo”, conta Katia, explicando o motivo que a levou a adotar o veganismo.
Segundo ela, as transições não foram muito difíceis: de carnívora para vegetariana, em 2011, foi fácil, pois ela já não tinha o costume de comer carne com muita frequência.
Já para se adaptar ao veganismo, houve dificuldade para deixar de comer queijos. No início, alternava um dia de dieta vegana com um dia de vegetariana. Seguiu assim até ver o transporte cruel de aves vivas para abate. A cena a comoveu, fortalecendo a decisão de parar de comer ovos e derivados do leite.
Katia conta que sempre procurou o acompanhamento de nutricionistas e, recentemente, iniciou a dieta LCHF (Low Carb High Fat – pouco carboidrato e bastante gordura), acompanhada pela Dra. Andreia Naves, atleta de crossfit e nutricionista referência na comunidade.
Andreia diz que apenas dois de seus pacientes seguem a LCHF Vegana. Na dieta de Katia, as gorduras são sempre de origem vegetal, como castanhas e abacate, e as proteínas vêm da ervilha. Ela conta ainda que não tem restrições ao glúten, embora coma pouco, assim como muitos grãos.
Desejum:
smoothie de frutas com óleo de coco e proteína de ervilha, tofu mexido (mesmo modo de preparo dos ovos mexidos) e café preto com óleo de coco
Pré-treino matinal:
shake de proteína vegetal com óleo de coco
Pós-treino:
outro shake de proteína de ervilhas
Almoço:
folhas verdes escuras, cruas ou cozidas, tofú ou shimeji e vegetais
Lanche da tarde:
muffin de farinha de coco.
Jantar:
igual ao almoço
Ceia:
shake de proteína de ervilhas com abacate
Em treinos e competições, Katia assegura que a mudança no estilo de alimentação não prejudicou seu desempenho. “Treino e compito junto com minha sócia, Juliane Baldin, que é carnívora, e temos o mesmo desempenho. Depois que mudei para a alimentação vegana me sinto muito melhor”, relata a atleta.
“Percebi mudanças positivas no cabelo, na pele e, principalmente, na parte espiritual. Moro com meu esposo, também vegano, e com meu pai, carnívoro, e não entramos em conflito. Respeitamos a opção de cada um e até ajudo meu pai a cozinhar frango e outras coisas”, acrescenta.
Katia não recusa convites para churrascos e só adapta sua participação, usando uma grelha diferente para fazer seus vegetais. “Meus amigos já sabem como tudo funciona e dá tudo certo”.
Atletas veganos também se destacam em outros esportes, como Hélio Grace (atleta e criador do Brazilian Jiu-Jitsu), as irmãs tenistas Serena e Venus Williams, o velocista Carl Lewis (eleito “O esportista do século” pelo Comitê Olímpico Internacional), Dave Scott (triatleta seis vezes campeão do Ironman no Havaí) e o maior pugilista brasileiro de todos os tempos, Éder Jofre, entre muitos outros atletas.
Café da manhã:
1/4 xícara de aveia seca com mirtilo e óleo de linhaça
Salsicha de proteína vegetal
Snack da manhã:
1 scoop de proteína vegetal (misturado com água)
1/4 xícara de sementes de abóbora
Almoço:
1 copo de feijão, 1/2 abacate, mix de vegetais, molho de tomate e uma tortilla low carb
1 maçã
Snack da tarde:
amêndoas cruas, castanha do Pará, castanha de caju, humus e cenoura
Pré-treino:
1 colher de sopa de proteína de ervilha ou arroz (misturado com água)
1/4 xícara coco seco e 5 gramas de glutamina
Pós-treino:
1 scoop de proteína vegetais (misturado com água)
1 banana e 1/2 xícara de morangos, e um punhado de espinafre e couve, tudo misturado com água
5 gramas de glutamina
Jantar:
2 salsichas de proteína vegetal
1 xícara de brócolis com hambúrgers de quinoa com tomates secos
2 xícaras de salada
2 colheres de sopa de molho para salada (normalmente um molho com base de tahine)
Existem inúmeras dietas e linhas de alimentação, mas, independentemente da opção de cada um, consulte sempre um nutricionista para auxiliá-lo na melhor escolha para sua saúde e seu estilo de vida.
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