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Queda na performance e na qualidade do sono, desânimo, dor de cabeça, falta de concentração nos treinos, mudança de humor, irritabilidade, muito cansaço, dores musculares constantes… isso é o que acontece quando se exagera nos treinos. São os sinais do overtraining.
Com o número cada vez maior de blogs sobre saúde, fitness e da procura pelo corpo perfeito, as pessoas têm buscado novas formas de atingir seus objetivos. Isso pode aumentar o risco de fazer treinos errados e de comprometer a saúde. Uma pesquisa do Centro de Estudo em Psicobiologia do Exercício, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) identificou que 28% dos atletas profissionais brasileiros são “viciados” na prática de exercícios. O problema aí é esquecer que, após o exercício, o corpo precisa de um tempo para se recuperar. Se atletas se despreocupam por que não os esportistas?
Com a moda do crossfit e do HIIT (High Intensity Interval Training ou Treino Intensivo Intervalado de Alta Intensidade), o overtraining tem sido cada vez mais recorrente nas academias.
Há quem faça treinos de Crossfit, por exemplo, em todos os dias da semana. Assim, não ter um acompanhamento profissional pode aumentar as chances de lesões e de overtraining. Claro que dá para fazer as modalidades com frequência, mas deve-se ter cuidado para não extrapolar. É importante a pessoa dosar o volume e a intensidade dos exercícios e intercalar as cargas para sua capacidade. O volume do treinamento é inversamente proporcional à intensidade. Portanto, quando a intensidade é alta, o volume precisa ser baixo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 150 minutos de exercícios, por semana, seriam suficientes para manter a saúde. Mas, ao considerar a performance, o segredo é alternar as modalidades e dedicar, ao menos, de um a dois dias por semana para o descanso. A parada pode ser ativa também. Ou seja, pode-se fazer alguma atividade recreativa de baixa intensidade, como uma caminhada ou ciclismo. Sempre, deve-se respeitar o período mínimo de descanso de 24 a 48 horas entre os treinos.
No entanto, não é apenas a intensidade dos exercícios que favorece a ocorrência dos sintomas do overtraining, as dietas da moda, que restringem certos alimentos, também. Por exemplo, a pessoa que treina com baixas reservas de carboidratos, eleva a circulação de hormônios do estresse e causa perturbação no sistema imune, predispondo-se ao overtraining.
O recomendado é fazer uma alimentação adequada a cada tipo de treino, favorecendo o equilíbrio corporal, com vitaminas, carboidratos e antioxidantes presentes na dieta. A orientação de um profissional de nutrição também é indicada.
Quando perceber os sintomas de overtraining, reduza ou interrompa as atividades físicas e consulte um médico ou fisiologista do esporte.
(Fonte: Rodrigo, preparador físico da Proaction Sports, e Rômulo Veras, educador físico, e fisioterapeuta, pós-graduado em treinamento desportivo e diretor da RO2 Assessoria Esportiva)
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