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O Crossfit é um método que faz muito sucesso entre os atletas, porém – apesar de sua popularidade – ele possui a má fama de lesionar mais e com maior gravidade do que outras atividades físicas. Se você já praticou ou conhece alguém que pratica, já ouviu diversas vezes que é necessário tomar cuidado redobrado na prática. Mas ele é, de fato, tão lesivo?
Um estudo revelou que a frequência de lesões no Crossfit varia de 0,27 a 3,6% a cada 1000 horas praticada. Os dados se assemelham muito ao LPO (levantamento de peso olímpico) e a ginástica, o que revela que o esporte está bem longe de outras práticas esportivas como lutas ou qualquer tipo de esporte de contato. Quando comparado com a corrida, o dado também é inferior: o risco de lesão na prática é de 35,5%. Quando comparado ao futebol, é 3x menor. Veja o gráfico abaixo (em inglês):
Os locais de lesão mais comuns dentro do esporte são:
As lesões que permeiam o Crossfit estão relacionadas com: alto nível de competição, prática conjunta com outros esportes (como a prática de um WOD e no mesmo dia a realização de um treino de musculação), lesões prévias (normalmente vindas de outros esportes) e atividades sem supervisão.
De acordo com um estudo publicado no Nation Institutes of Health (NIH), quando comprada a outras modalidades, a taxa de lesão não é considerada elevada – sendo inferior a esportes como corrida de rua, handebol, triathlon, ginástica, futebol e rugby. Além disso, nota-se que o índice é maior no sexo masculino – o que pode estar relacionado à uma menor procura dos homens por treinadores para supervisioná-los, já que há evidências que mostram que mulheres consultam mais os treinadores para resolução de dúvidas e supervisão.
O ombro é uma das principais articulações acometidas por lesões. Esse resultado está ligado à execução de movimentos que podem ser considerados lesivos – como overhead squat, push press, kettlebel swing e snatch – por apresentarem uma elevada amplitude de movimento do complexo do ombro. Além de exercícios derivados da ginástica, exercícios do LPO exigem uma maior amplitude e deslocação da articulação do ombro, as quais aumentam o risco de lesão.
No estudo “Are Injuries More Common With CrossFit Training Than Other Forms of Exercise?“, conclui-se que a falta de supervisão adequada e/ou má prescrição do treinamento, pode resultar em componente equivocados, como volume e cargas inadequadas. O treinador precisa realizar um acompanhamento completo dos atletas, além de conhecimentos sobre o pico de carga.
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