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Apesar de promover bem-estar, não é segredo que a prática de esportes não é 100% livre de riscos. Um exemplo recente é o de Javier Altamirano, jogador chileno do Estudiantes de La Plata (ARG) que teve uma convulsão em campo no duelo contra o Boca Juniors.
Assim como o jogador, outros atletas já sofreram desse mesmo problema, inclusive no Brasil. Mas qual a relação da convulsão com o esporte? Neste episódio específico, a convulsão do jogador aconteceu por trombose venosa cerebral (TVC), uma condição rara que atinge menos de 1% dos acidentes de AVC.
O uso de anticoncepcional oral, trombofilia, mutação do gene da protombina (G20210A) e infecção prévia por Covid-19, são alguns dos fatores de risco significativos. Devido ao grande espectro clínico de sintomas, infelizmente muitas vezes o diagnóstico pode ser tardio ou negligenciado.
As crises convulsivas ocorrem frequentemente na prática clínica. Elas acontecem por conta de uma falha na condução elétrica no cérebro, levando à maior atividade em alguns pontos suscetíveis – provocado por abalos musculares, perda da consciência, salivação e perda esfincteriana. Já a epilepsia ocorre quando um mesmo indivíduo apresente duas ou mais convulsões – nesses casos, caracterizando a repetição das crises.
Pacientes epiléticos exercitam-se com menor frequência quando comparados com a população em geral, muitas vezes apresentando maior probabilidade de obesidade e níveis mais baixos de bem-estar físico e mental. Por outro lado, investigações empíricas mostram que a participação em exercícios melhora o controle das crises epiléticas, contribui para a qualidade de vida, reduz a depressão e a ansiedade e mitiga os efeitos colaterais dos medicamentos antiepiléticos.
Os exercícios aeróbicos apresentam grande importância no tratamento, reduzindo em até 36% a frequência de convulsões – também foi observada uma redução na descarga epiléptica associada ao exercício. Um estudo destaca os benefícios potenciais do exercício, estruturado para pessoas com epilepsia. Numerosas formas de epilepsia estão associadas ao sono e frequentemente se manifestam como convulsões durante os ciclos do sono. A privação pode ser um gatilho potente na maioria dos tipos de epilepsia – consequentemente, a qualidade de sono por meio do exercício pode exercer um efeito antiepiléptico.
Fatores como hiperpnéia, fadiga, estresse físico, alterações no metabolismo de medicamentos antiepiléticos, desequilíbrio eletrolítico e impacto na cabeça podem causar problemas. As convulsões também podem ser provocadas pela hiperventilação, um fenômeno ocasionado pela alcalose, resultante da perda excessiva de dióxido de carbono durante a hiperventilação. É importante manter o equilíbrio adequado de fluidos e eletrólitos durante a atividade física. Notavelmente, a hipoglicemia grave foi relatada como um potencial gatilho para convulsões.
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