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Seria realmente incrível podermos simplificar tudo em dez dicas. Um vídeo sobre Baruch Espinoza, comentado pelo filósofo Clóvis de Barros Filho, me fez pensar como estamos sempre em busca de respostas fáceis. É como se pudéssemos descrever em um artigo dez dicas que mudariam a vida de todos os corredores que o lessem. Quem estiver procurando por isso pode parar por aqui, não é disso que se trata.
Já perdi a conta de quantos artigos escrevi na minha vida como colunista e todos os dias ainda anoto ideias para os próximos. Como corredor, às vezes no meio de uma corrida tenho que parar para anotar uma ideia.
Ler livros, assistir a aulas, tratar pacientes, trabalhar com fisioterapia, tratar corredores. Todas estas são ações inspiradoras para mim. Aprendo algo novo o tempo todo com essas experiências e é impossível reduzir isso a dez frases.
É preciso passar pela experiência, não existe atalho. Corredor que quer evoluir tem que passar por todas as fases de aprendizado, escolher caminhos dentro da corrida. Pode se desenvolver para ser mais rápido, mais resistente, correr trilhas e montanhas.
Todos estes são processos de aprendizado que exigem resiliência porque, como tudo na vida, evoluir dói, desgasta, mas depois de tudo superado você olha para trás e vê que valeu muito a pena.
Conversar com corredores experientes, ler artigos na internet e livros de especialistas sempre são fatores que ajudam. Mas o fato é que na prática as experiências são imprevisíveis, a natureza nos reserva surpresas que não esperamos e, mesmo nos baseando em pessoas mais experientes, precisamos da nossa própria força para passar por estes obstáculos e crescer dentro do esporte. E na vida não é assim?
Tenho postado algumas dicas curtas também no meu Instagram@ccotter77, pela facilidade de publicar rápido e poder, às vezes, ter um feedback de como as pessoas pensam.
Não sou muito fã de ficar horas nas mídias sociais até porque sou um fanático por movimento e percebo que quanto mais me prendo no celular, menos me movimento. Não posso fazer o contrário do que recomendo para meus pacientes.
Tenho vivenciado isso a cada dia, percebendo a importância do ganho de mobilidade articular, ganho de percepção corporal, o que vai muito além de pensar em uma dica de exercício específico que vai gerar resultado. A variação de movimentos é importante. Tenho treinado escalada, corrido a maior parte do tempo em terrenos irregulares, variado muito os tipos de treinos durante a semana e minha corrida só ganha em qualidade.
Mesmo neste momento escrevendo este artigo já mudei de posição várias vezes para que meu corpo não comece a enrijecer. O ganho de mobilidade ocorre o tempo todo, não só no treino. Trabalhar no notebook em pé, de cócoras, sentado no chão faz parte do meu dia a dia.
Dou o exemplo na clínica por acreditar que não adianta escrever dicas aqui e o paciente chegar na minha sala e me ver sentado trabalhando numa mesa convencional. A mudança tem que acontecer em todas as esferas de nossa vida.
No final, até que saíram algumas dicas interessantes, mas se você quer saber realmente como evoluir na corrida, vai ter que passar pela experiência.
E esta é a melhor parte: estar com os amigos em um treino ou prova, compartilhar experiências, participar de palestras. Tudo isso soma e nos traz para um convívio social que no final é o maior remédio para os males da sociedade em que vivemos.
Bom, vou parando por aqui, vou me movimentar mais um pouquinho….até a próxima!
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