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Acordo pilhada: é dia de competir na prova 9 de Julho, a maior clássica do país! Vou para o local da largada, na zona oeste de São Paulo. Em poucos minutos de aquecimento, já pude ouvir a voz do locutor anunciando que a categoria “aspirantes” estava prestes a terminar, a elite entraria em cena em breve. Sinto o frio na barriga típico de provas importantes. A expectativa era alta, o pensamento focado na performance. “Como vai ser nosso desempenho nessa prova?”, penso.
Me junto ao time, somos em cinco atletas na Memorial: Taise Benato, Ana Paula Casetta, Camila Coelho, Adriana Lobo e eu. Estamos todas cansadas, voltando de uma temporada exigente na Bélgica. Mas temos ritmo e muita vontade de vencer!
A corrida começa. Lanço um pequeno ataque, para ver como estaria a “marcação”, pois sabia que teriam atletas na nossa roda, tentando neutralizar nossas fugas. Logo em seguida, minhas companheiras Ana e Taise começam a atacar o tempo todo, até que uma pequena fuga se formou, com Ana e mais duas atletas. Acredito que essa foi a fuga mais longa do dia, e deu bastante trabalho para as adversárias.
Costumamos nos comunicar sempre dentro do pelotão. Logo noto que faltavam Camila e Adriana, já imagino que algum problema acontecera e estaríamos sem nossa sprinter para a chegada. A Prova 9 de julho tem percurso praticamente plano, com muita probabilidade do pelotão estar compacto no final. Atacamos como nunca, mas com todas as tentativas de fuga neutralizadas, a única opção foi tentar o sprint. Taise parte primeiro, e eu logo ao lado. Por um instante pensei que ganharíamos, mas fomos ultrapassadas por Luciene Ferreira, que venceu a prova, e Wellyda dos Santos, que ficou em segundo lugar. Eu consegui terminar na terceira posição. Para mim, que sou passista, é um resultado incrível! Taise também subiu ao pódio, na quinta colocação.
Correr em casa, com uma enorme torcida, me motivou a fazer mais do que eu senti que podia naquele momento. Vários amigos estiverem lá torcendo por mim e gritando meu nome. Isso é algo que fica marcado na memória – me emociono só de lembrar.
São Paulo está sendo tomada por bicicletas, e a Prova Ciclística 9 de Julho representa muito bem esse crescimento, pois algo que começou pequeno hoje conta com muitos ciclistas competindo e muitos assistindo, torcendo e ajudando nosso ciclismo a crescer. Torço para que em 2019 esse número possa ser ainda maior! Viva a 9 de Julho!
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