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Viajar para correr é um hábito cada vez mais comum entre os brasileiros. Por isso é bom ter em mente os costumes de onde você está indo antes de planejar uma prova fora do Brasil.
Depois de algumas gafes que protagonizei, passei a fazer a lição de casa para evitar que se repitam mundo afora em culturas peculiares para nós. Claro, estudo as ‘lições’ básicas, que qualquer turista deve se atentar.
No Japão, por exemplo tive que tirar o calçado e ficar de meia ou descalço em ambientes que assim exigiam. Se curvar como agradecimento é outra regrinha cultural. Oferecer um presente ou mesmo entregar um cartão de visita segurando nas pontas dos dedos com as duas mãos é outro sinal de respeito.
Sim, não quero ser indelicado. E olha, quando fui ao Egito nem sabia que para meus caros árabes era um insulto mostrar a sola do sapato. A BBC em uma reportagem diz: “na cultura árabe, o simples ato de mostrar a sola do sapato a outro ser humano é considerado grosseiro”.
Cometi alguns micos “graves” nessas poucas incursões ao exterior. A primeira em 1997 quando fui correr a Maratona de Nova York e ao entrar no táxi conduzido por um motorista indiano, abri a porta da frente e lá sentei quando 99% dos passageiros sentam no banco de trás respeitando a divisória blindada entre os bancos.
O pior de tudo foi ao descer. Solenemente paguei o cobrado no taxímetro e não inclui os 10% de gorjeta, algo que na cidade dos cabs é “obrigatório”.
Mas nada se compara à gafe que ocorreu na cidade de Puerto Iguazu, na Argentina, onde fui correr a bela Media Maraton del Iguazu a convite da organização do circuito Run Argentina, composto por quatro meias.
Pois bem. Chego na entrega do kit, cumprimento todos e tiro algumas fotos com meus amigos organizadores. Quando olho no visor da câmera, lá estava ela estampada em três cores na minha camiseta: a bandeira da Grã-Bretanha, que tecnicamente está em guerra com nossos hermanos da Argentina em disputa pelas Ilhas Malvinas.
Constrangido peço desculpas, coloco uma blusa por cima e peço para repetir as fotos.
Respeitar a cultura local é tudo!
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