Já que estamos no mês da Copa, vamos aproveitar a oportunidade de ver atletas de diferentes etnias para treinar nossos olhos e quem sabe posteriormente, melhorarmos nossa corrida. Como? Assistindo aos jogos, mas não apenas prestando atenção ao esquema tático, curva da bola ou as quedas teatrais de nossos jogadores, mas também observando a maneira como correm e o papel da corrida no futebol.
O futebol de campo exige dos jogadores não apenas força para as arrancadas, mas também resistência para executá-las diversas vezes. Basta pensar em um treino de tiros (intervalado), mas sem intervalos definidos e algumas vezes com pouco ou nenhum tempo de descanso entre um tiro e outro.
Cansa só de imaginar. Mas é por isso que eles treinam muita explosão, fazendo trabalhos de força específicos.
Outro ponto é a trajetória das corridas, que raramente são linhas retas ou curvas harmônicas. Em um pequeno intervalo de tempo o jogador pode dar diversas arrancadas e desaceleradas para direções diferentes, realizando giros e saltos para todos os lados.
Isso exige músculos desenvolvidos e balanceados não apenas anterior e posteriormente, mas principalmente lateral e medialmente.
Um terceiro aspecto é o terreno. Correr na grama, mesmo que ela seja bem cuidada e plana, é bem diferente do asfalto. Sem contar que a chuteira não possui quase nenhum sistema de amortecimento. A grama tem uma capacidade de amortecer boa parte do impacto de cada pisada, mas também absorve uma quantidade razoável de energia, devolvendo-a bem menos em comparação ao asfalto.
Além disso, apesar das chuteiras, a aderência também é menor, isso quando ela está seca… imagine na chuva!
Finalmente um último ponto: vamos falar da bola. Sim, eles precisam saber correr conduzindo uma bola! Fora isso, nenhum jogador presta atenção no jeito como está correndo, pois utiliza toda a atenção na bola, nos demais jogadores e algumas vezes ainda consegue escutar o que o técnico está pedindo. Ou seja, a corrida tem que estar automatizada.
Considerando tudo isso, o que devemos observar então? Pois bem, repare que praticamente todos eles correm como velocistas, executando grandes movimentos com os braços e cadências bem altas de passadas.
Não lembram nem um pouco maratonistas correndo. Alguns correm até de forma esquisita, como se tivessem oscilando lateralmente, mas há um fato: são todos muito rápidos. E qual é a conclusão, afinal?
A conclusão é que para correr rápido, não adianta ter força e treinar velocidade. É importante ter uma boa mecânica de corrida, ou seja, executar os movimentos do corpo da maneira mais eficiente possível.
E quem consegue obter isso, com o treino certo consegue correr qualquer distância com menos ou sem nenhuma lesão. Isto é, jogadores de futebol são excelentes corredores e podem nos ensinar muita coisa.
Portanto, aproveite a Copa e encontre jogadores com que você se identifica fisicamente e observe-os correndo. Existem diferenças enormes entre africanos, europeus e asiáticos, mas cada um encontrou o seu método mais eficiente.
Então encontre o seu novo “parâmetro” e experimente correr como ele no seu próximo treino. A experiência pode ser interessante!
Boa corrida e boa torcida!
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