Costumo dizer que um dos melhores treinos para a modalidade trail running é correr nas calçadas paulistanas. Eu corro muito nelas. Invariavelmente, para ir e voltar ao parque onde faço o “grosso” da rodagem.
Os obstáculos, buracos, saliências e desníveis são tantos que não devem em nada para muitos percursos técnicos e casca grossa que vemos em corridas de trilhas por aí.
Em São Paulo, em particular, o fato é agravado pela legislação vigente, que estipula que cada proprietário faça a manutenção da sua calçada. Assim, um mosaico é criado.
Em uma mesma rua vemos vários tipos de construção: concreto, pedras portuguesas, asfalto, lajotas e todo o tipo de sorte. Isso obviamente quando a manutenção é feita, não deixando o passeio público ao relento.
Poucas vias seguem um mesmo padrão – um caso à parte é a Avenida Paulista, com suas belas, conservadas e largas calçadas. Um verdadeiro oásis incrustado na cidade.
Com a manutenção em débito, o corredor deve ficar bastante atento para evitar os famigerados tombos, pois as consequências podem ser desde um simples arranhão até algo bem mais grave.
Boas dicas (vindas são: elevar um pouco mais a passada, correr com um olho à frente e outro no local onde se vai pisar e até o uso de uma headlamp quando os treinos acontecem à noite, em lugares pouco iluminados.
Portanto, cuidado é essencial para que seu treino de trail running saia da forma planejada.
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