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Quando eu tive a oportunidade de fazer o Caminho de Santiago, em 2010, uma das principais sensações que tive pedalando por 15 dias, cortando a parte norte da Espanha de Leste a Oeste, saindo da França e chegando literalmente no fim da terra, foi a sensação de liberdade. Sentimento que seria totalmente normal se não vivêssemos em cidades brasileiras, ou se estivéssemos em lugares onde o (simples) direito de ir e vir em cima de uma bicicleta fosse normal, corriqueiro e sustentável.
Por falar em sustentável, acho que a única sustentação que sentimos durante as nossas pedaladas urbanas é a de nos sustentarmos vivos durante o caminho de ida e volta para casa. Mas infelizmente esse médico, ciclista, carioca, pai de família, não voltará mais para casa… mais um assassinato de ciclista. Dessa vez, uma vítima de bandidos que querem equiparar a desigualdade (real) brasileira com as próprias forças… o que custou a vida de uma pessoa do bem.
Triste. Lamentável. Revoltante! (Diego Lopez)
Entenda o caso
Na última quarta-feira (20 de maio), o cardiologista Jaime Gold, ciclista e corredor amador de 57 anos, faleceu após ser esfaqueado por dois adolescentes enquanto pedalava na Lagoa Rodrigo de Freitas, que fica na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi atingido na barriga e no braço, mesmo sem reagir. Os criminosos fugiram com a bicicleta da vítima.
O crime aconteceu quando a Lagoa ainda estava bastante movimentada, com diversos esportistas que faziam seus treinos. O médico foi socorrido pelos frequentadores do local, mas morreu no Hospital Miguel Couto, na Gávea, após ser operado.
Mais uma vez o assassinato de ciclistas voltou à pauta das discussões nas redes sociais. E encontros estão marcados como parte da manifestação ao ocorrido. Neste fim de semana, um treino da paz está marcado para às 7h30 no sábado (23 de maios) e para às 10h no domingo (24 de maio), ambos na Lagoa Rodrigo de Freitas.
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