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Bastões de corrida: saiba como tirar proveito deles

Até 2013 eu nunca tinha usado trekking poles (bastões de corrida) em uma prova. Quando decidi participar da minha primeira ultramaratona, eles apareceram na lista de equipamentos sugeridos pela organização.

Achei que em um desafio de 100 km eles seriam bastante úteis e saí à caça de um modelo adequado. Optei por um de carbono tripartido e incrivelmente leve – eu o considero até hoje uma das melhores aquisições que já fiz desde que migrei do asfalto para o trail running.

Quando a perna começa a falhar ou quando o pescoço fica dolorido só de observar uma subida, lá estão eles prontos para te ajudar a dividir o peso de seu corpo e de sua mochila não apenas em dois pontos (suas pernas), mas em quatro.

Entretanto, usar os bastões de forma adequada e eficiente é mais difícil do que parece. Há muita técnica envolvida e, se você você utilizá-los de forma correta, com certeza saberá disso, pois seus tríceps darão sinal de vida.

Confira algumas dicas importantes na hora de utilizar os bastões de corrida:

 

 

  • Ajuste a altura do bastão até formar um ângulo de 90◦ entre seu antebraço e o chão;
  • Sempre passe as alças dos bastões para prendê-los ao pulso. Isso evitará que você se machuque em caso de queda;
  • Na subida você pode utilizar os bastões de forma assimétrica, ou seja, substituindo uma das pernas na hora da passada, ou simultaneamente, acompanhando a passada;
  • Em um terreno plano, os bastões de corrida colaboram com a propulsão quando utilizados de forma assimétrica (substituindo uma das passadas) e com os braços formando um ângulo de 70° com o chão;
  • Nas descidas, usados assimetricamente, os bastões ajudam na estabilidade;

Importante: se você está considerando adquirir bastões, não seja muquirana e opte por um modelo leve, fácil de carregar e de usar. O investimento acaba se diluindo com o tempo.

Embora seja uma opção pessoal, em provas longas e com duração de vários dias eu realmente recomendo levar bastões. Já me salvaram a pele – e as pernas – muitas vezes. Se o regulamento da prova permite, eles têm lugar sempre garantido na minha mochila.

Karen Kornilovicz

Bacharel em Jornalismo, é blogueira e trail runner. Após mais de uma década correndo no asfalto, em 2011 trocou a rua pela montanha. Há um ano, descobriu também a mountain bike e a corrida de aventura. Nesta coluna, dá seus pitacos sobre a corrida de montanha no Brasil e no mundo.

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Karen Kornilovicz

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