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Numerosos estudos têm mostrado que o consumo de bebida energética tornou-se bastante popular entre os estudantes, os indivíduos ativos e os atletas, devido à suposição de um possível efeito ergogênico na melhora da resistência física e na concentração ao desporto praticado. As bebidas energéticas são vendidas também como revigorantes na capacidade em se suportar uma noite inteira de estudos, antes daquela difícil prova na faculdade, ou mesmo para quem pretende dançar a noite toda. Por isso, os esportistas não ficaram de fora em seu consumo.
Grande perigo quando associada ao álcool. Há um efeito duplo sobre o sistema nervoso, aumentando a sensação de prazer, mas significante diminuição na sensação de embriaguez. O indivíduo altera seu limiar de consciência e responsabilidade, bem como as condições motoras, correndo maior risco de acidentes, estatisticamente preocupante em nosso país.
Diferente das bebidas esportivas, cuja função é o de repor a água, os eletrólitos e os carboidratos, durante a prática de atividades físicas, as bebidas energéticas contêm cafeína, taurina, carboidratos e vitaminas, o que teoricamente pode proporcionar a melhorara do rendimento físico, o que chamamos de efeito ergogênico. Algumas pesquisas também apontam o seu potencial efeito diurético, o que pode gerar uma maior desidratação e, consequentemente, redução no desempenho durante os exercícios físicos.
Um estudo espanhol, publicado recentemente, aponta que, além dos efeitos ergogênicos das bebidas energéticas, há também efeitos que podem comprometer o bom sono, bem como causar o nervosismo. Publicado no destacado British Journal of Nutrition, o estudo de quatro anos, foi realizado com atletas de elite de várias modalidades esportivas como o futebol, o basquetebol, o rugby, o voleibol, o tênis, a natação, o hóquei e também a escalada. Para Juan Del Coso Garrigós, um dos autores da pesquisa, houve, sim, melhora no desempenho esportivo, melhora essa significante, mas também mostrou que as bebidas energéticas aumentaram a frequência de insônia, nervosismo e os níveis de estimulação nas horas seguintes ao consumo. Por isso, muita cautela em seu consumo.
AMERICAN COLLEGE SPORTS MEDICINE (ACSM). Position stand on exertional heat illness during training and competition. Med Sci Sports Exerc, v.39, n.3:p.556-572, 2007.
Salinero JJ, Lara B, Abian-Vicen J, Gonzalez-Millán C, Areces F, Gallo-Salazar C, Ruiz-Vicente D, Del Coso J. The use of energy drinks in sport: perceived ergogenicity and side effects in male and female athletes. Br J Nutr. v.12:p.1-9, 2014.
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