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Há 21 anos (dos 23 que compito) tenho treinadores me acompanhando. Meu primeiro mestre se chama Vanderlei Severiano, o popular Branca, com o qual treinei entre 1996 a 2015. Neste período houve um hiato de um ano, no qual fiquei sob a tutela de outro grande mestre, Wanderlei Oliveira, meu querido amigo.
Em 2015 quis focar mais no trail run e busquei alguém especializado na modalidade, Marcelo Sinoca, passando depois para a fortíssima equipe do Núcleo Aventura, com a qual treino há 14 meses e tenho como diretor técnico os Alexandres Manzan e Ribeiro.
Nesta minha experiência percebi peculiaridades de treinamento de cada um deles. Cada qual com sua metodologia e seu jeito de trabalhar o físico e o psicológico de seus pupilos.
Se eu pudesse lhe dar um conselho eu facilmente diria: tenha um teinador! Explico o porquê:
Corri a minha primeira maratona em outubro de 1995 totalmente despreparado. Afinal, soubemos que a primeira edição da Maratona de São Paulo seria realizada com apenas um mês de antecedência. Fechei em 3h56min. Seis meses depois fiz a dificílima Maratona de Ribeirão Pires – ainda sem treinador – e concluí em 3h37min.
Alguns meses depois disso conheci o Vanderlei “Branca” Severiano e, em 40 dias (acreditem) de treinamento fechei a minha terceira maratona, novamente a difícil Maratona de São Paulo, em 3h09min. Neste curto espaço de tempo tive vários aprendizados quanto à postura, de como treinar, descansar, tipos de treino etc.
Bem, após decidir ter um treinador, é importante saber escolher quem será ele. Para isso, faça a si mesmo algumas perguntas, como: qual é o seu objetivo? Qual é a sua vibe? Qual é a sua motivação? Quero correr uma maratona sub-3h? Quero correr uma ultramaratona? Quero correr uma ultratrail? Quero só correr?
Se você é jovem, não irá se sentir muito à vontade treinando em uma equipe de corredores mais maduros. A recíproca também é verdadeira. Por isso, são tantas as perguntas que devem ser respondidas. Partindo deste princípio você pode escolher uma gama de treinadores ou assessorias esportivas. Gasta-se entre R$ 50 a R$ 300 por mês.
Escolhido o seu objetivo como corredor e o perfil da equipe que deseja fazer parte é hora de conhecer “in loco” o treinador. Atualmente, muitas assessorias permitem que você treine por 15 a 30 dias de graça, um tipo de “test drive“. Acredito ser essa a melhor forma de decidir entre treinador A ou B.
Iniciado o treinamento, você deve ter um pouco de paciência, pois cada corredor tem sua característica. Nem todos evoluirão rápido. Se não se adaptar tenha uma conversa franca e parta para outra opção. São necessários muita conversa e feedbacks entre as partes e, claro, treinar com afinco completa o pacote.
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