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Correr não é a única atividade física que você precisa para se manter com um bom condicionamento físico, um bom fôlego. Também não é a única opção para perder peso. Definir pernas, reduzir o estresse, transpirar, fazer amigos ou tratar doenças também não são recursos que somente a corrida proporciona. Então o que muda no corpo quando paramos de correr?
Exercícios em casa, desde que bem feitos, são excelentes opções para manter tudo o que foi citado no começo deste artigo. Chão, móveis, parede, corda, lençol, bola, garrafas de água, balde, porta, livros e até outras pessoas (quando possível) são ótimas ferramentas para usar a criatividade e fazer exercícios para todas as partes do corpo, desde treinos específicos de força e resistência até circuitos que forçam os limites do seu fôlego.
Tudo depende da sua capacidade e da orientação recebida (profissional de educação física).
A grande diferença da corrida está no equilíbrio entre alguns fatores que ela exige:
Não é fácil simular qualquer um deles na mesma intensidade que uma corrida, sem ser correndo. Imagine, então, todos eles juntos.
O deslocamento para frente exige amplitudes do quadril maiores do que aquelas a que ele está acostumado no dia a dia. Mesmo fazendo exercícios, são poucos os que geram a extensão com a carga muscular e o impacto exigidos durante uma corrida.
Neste caso, pode ser que a pessoa perca não apenas um pouco desta amplitude, mas também a força para executá-la.
Músculos, tendões, ligamentos, cartilagens e ossos são os principais nomes da absorção de impacto. Mesmo que a pessoa pule corda, treine saltos ou faça variados exercícios educativos, a intensidade, frequência, tempo de duração, ângulos articulares e ajustes musculares serão sempre muito diferentes quando comparamos com a corrida.
Sendo assim, é possível que além da perda dos mecanismos para absorver o impacto, a pessoa também perca um pouco de massa óssea.
A capacidade de ficarmos horas movimentando os membros enquanto nos deslocamos é resultado de uma adaptação física e fisiológica. Exige treino, mas o corpo todo passa a fazer ajustes para ter um bom desempenho. Desde a maneira como a energia que você consome é estocada, até os mecanismos de troca de gases que seu sangue leva a todos os músculos envolvidos. É um mundo de estruturas que trabalham em conjunto e que pode ser reduzido conforme deixamos de usá-lo.
Por tudo isso é comum sentirmos muita dificuldade ao retomar treinos após um longo período parado. Também é comum nos lesionarmos nesse início (ou retomada), em que muitas vezes a pessoa tem força e condicionamento, mas não deu tempo de treinar os mecanismos de absorção de impacto.
Ou então não deu tempo de reativar algumas amplitudes de articulações importantes, forçando e, consequentemente, machucando outras.
O importante é entender as possibilidades do seu corpo. Se você compreendê-las, estará mais protegido pois não vai forçar logo de início, ou vai se cuidar para não perder tanto qualquer um dos itens descritos.
Portanto, continuem firmes e fortes, que logo mais essa pandemia passa e não quero ninguém se machucando, hein.
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