Quem aí nunca se comparou a outras pessoas, acreditando que porque elas estão na mesma atividade ou ambiente, como o box, por exemplo, elas provavelmente seriam iguais a você? Ou você deveria ser igual a elas? A verdade é que todos estamos vivendo a própria história, com pontos de partida e entrega diferentes. Não faça comparação do seu capítulo 5 com o capítulo 20 de alguém.
Quem aí nunca se comparou com quem estava do lado e pensou “caraca, estou fraco” ou “cara, como sou foda”, que atire a primeira pedra. Nós temos sim a tendência da comparação, essa é a grande verdade. Existe um nome para isso, sabia? Síndrome Dunning-Kruger. Veja como ela aparece na Wikipedia:
O efeito Dunning-Kruger é o fenômeno pelo qual indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto acreditam saber mais que outros mais bem preparados, fazendo com que tomem decisões erradas e cheguem a resultados indevidos; é a sua incompetência que os restringe da habilidade de reconhecer os próprios erros. Estas pessoas sofrem de superioridade ilusória.
Em contrapartida, a competência real pode enfraquecer a autoconfiança e algumas pessoas muito capacitadas podem sofrer de inferioridade ilusória, achando que não são tão capacitados assim e subestimando as próprias habilidades, chegando a acreditar que outros indivíduos menos capazes também são tão ou mais capazes do que eles. A esse outro fenêmeno dá-se o nome de síndrome do impostor.
Se comparar pode ser o maior erro que você vai cometer este ano. Então, vamos começar colocando os pingos nos is: ninguém é igual a ninguém! Sempre que nos comparamos, corremos um dos dois riscos citados acima: ou nos acreditamos inferiores, incapacitados, o que baixa terrivelmente nossa vontade e nosso impulso de crescimento; ou nos achamos superiores, passamos a agir como se já soubéssemos tudo, perdendo grandes oportunidades de aprender. Qualquer um dos dois caminhos, certamente não vai te fazer feliz.
Se comparar vai sempre te fazer sentir pior ou melhor do que você realmente é. Ao se comparar, você usa o outro como referência, e essa pode não ser a melhor referência para você. Simples assim. Cada um tem seu tempo de amadurecimento, muita comparação faz você ou se desmotivar ou ter a ilusão de que está acima do esperado. Ou te coloca no caminho do meio, no qual você sabe que não pode se comparar a quem está começando, e então se acha incapaz de ser como os melhores e perde a vontade de se aprimorar.
Mas o que fazer para evitar a comparação? Existem alguns pontos que podem ajudar:
Se conhecer: honrar o caminho percorrido nos dá o valor real da nossa jornada, nem mais, nem menos.
Olhar mais para os seus objetivos e menos para os outros: ser voyeur, nesse caso, só prejudica. Redes sociais, então, são a maior roubada. Ali todos vão parecer mais fortes, mais poderosos, mais corretos e melhores do que você. Mas lembre-se: é ilusão!
Entender que há diferentes pontos de partida: histórias diferentes produzem finais diferentes. Mesmo que estejamos no meio da trajetória, vamos pensar no hoje como um final: o que te trouxe até aqui foi diferente de todo mundo. Só por isso, a comparação se torna infundada.
Conta pra mim: você tem esse costume tão comum de se comparar aos outros? E como isso te faz sentir? Vamos compartilhar para que 2019 possa ser um ano de não comparação.
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