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Se você começou a correr há poucos meses ou anos, provavelmente já teve contato com uma série de aparatos tecnológicos, como GPS, aplicativos que conversam com você durante seu treino, fones de ouvido bluetooth, roupas inteligentes, cintas que monitoram variáveis biomecânicas enquanto você corre, equipamentos que medem a potência de cada passada… E isso é apenas o começo! Muitos outros recursos estarão disponíveis em muito menos tempo do que imaginamos.
Mesmo com todos estes recursos disponíveis, ainda não existe nada capaz de correr por nós e tomar decisões importantes frente às adversidades ou condições de alguns treinos ou provas.
A rápida tomada de decisão durante uma sessão de treino intervalado, um “longão”, uma prova de 5 km, ou mesmo uma maratona é crucial para um bom resultado e o cumprimento do que foi previamente planejado, uma vez que, dificilmente, teremos uma condição perfeita (clima, estado físico, motivação, entre muito outros) para a execução do plano.
Para que isso aconteça com maior eficácia, alguns pré-requisitos são fundamentais: experiência e tempo de prática, aconselhamento de bons profissionais, bom planejamento e cumprimento de um plano de treino e vivências em diferentes situações, tanto de treinos, quanto de provas.
Recentemente, passei por duas situações em que preferi ignorar os números e seguir a resposta do meu corpo para me levar bem até o final. E deu certo.
Uma delas foi uma intoxicação alimentar que me pegou na noite anterior ao Ironman 70.3 de Florianópolis, minha prova-alvo. Todos os números que estavam definidos para eu seguir precisaram ser deixados de lado, dando lugar a uma conexão precisa entre minha mente e as reações do corpo frente ao estímulo que eu aplicava para que pudesse me concentrar, tomar as melhores decisões e mirar a linha de chegada.
A outra foi em uma meia-maratona em que eu disputava a segunda posição e nos últimos quatro quilômetros fui ultrapassado por um atleta que estava correndo muito bem. E para piorar, mais dois se aproximavam, colocando em risco até o meu troféu.
A partir daquele momento, esqueci completamente o que havia sido planejado, em relação ao pace e frequência cardíaca. Minha mente precisou “trocar uma ideia” séria com meu corpo para entender até quando eu suportaria aquele estímulo intenso sem quebrar e perder a posição, tudo isso com base em experiências prévias, muita dedicação, disciplina e capacidade para tais decisões.
Ajustes técnicos e mentais foram feitos instantaneamente para garantir aquele tão sonhado lugar no pódio.
Não podemos negar que a tecnologia, se utilizada adequadamente, por meio de mensurações precisas, interpretações corretas, pode nos ajudar a atingir grandes metas e objetivos.
Paralelamente a isso, saber fazer uma leitura em tempo real de como nosso corpo está reagindo frente a alguns estímulos e situações é importante para que o sucesso seja sólido e duradouro, nos levando muito bem a incontáveis e sonhadas linhas de chegada!
Bora pra cima e bons treinos, galera!
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